Colunista

Erivaldo Carvalho: Saída de Couto da corrida na CMFor aproxima PDT-PT no CE

Senador Cid Gomes ponderou a vereador do PSB / Jefferson Rudy/Agência Senado

A retirada da pré-candidatura do vereador Léo Couto (PSB) a presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) fez o jogo de reaproximação entre PDT-CE avançar algumas casinhas no tabuleiro.

Com a desistência do vereador do PSB, o caminho fica livre, asfaltado e sinalizado para Gardel Rolim (PDT) acelerar rumo à Presidência da Casa.

A votação acontece em 1º de janeiro – de hoje a 13 dias -, entre os 43 vereadores. O mandato é de dois anos – que coincide com a segunda metade da atual gestão do prefeito José Sarto (PDT).

O movimento surpreendeu ninguém. No último dia 13, aqui foi antecipado que a disputa pela presidência da Câmara de Fortaleza poderia impactar nas negociações PP-PDT.

Foi dito: “A guerra surda no Legislativo Municipal é acompanhada de perto pelos líderes maiores. No meio de campo, há bombeiros e incendiários”.

A Coluna afirmou também que uma fonte “admitiu à Coluna que, no limite, uma proposta de chapa única, pela sucessão de Antonio Henrique, poderia ser colocada à mesa”. Bingo!

Leia aqui a íntegra do texto publicado no último domingo.

Também pesou na desistência de Couto a implacável contabilidade do voto. Nas pranchetas mais confiáveis, a relação entre as pré-candidaturas do PDT e PSB estava em torno de três votos para um.

Couto contava com a simpatia política de Elmano e outros líderes do PT estadual. Gardel tem o apoio de Henrique e Sarto. A disputa Gardel-Couto poderia tensionar a relação PDT-PT.

Missão possível
Creditado ao senador licenciado Cid Gomes (PDT), o movimento que ponderou a candidatura de Couto sinaliza que pedetistas caminham para a base de Elmano na Assembleia Legislativa.

A missão é possível, mas difícil. No primeiro caso, está facilitada pelo interesse natural que muitos – talvez -, a maioria – dos parlamentares em ser governista. O sentimento espraia-se por prefeitos da sigla.

O lado dificultoso é a estreita margem de negociações, para eventuais reciprocidades. Por quê? Simples. Elmano foi eleito, em 1º turno, sem o PDT, e o petismo está revigorado, nacionalmente.

Mas há muitos outros contras e prós, conforme mostramos aqui.

A decisão está sendo tomada, em nível de partido, por uma comissão de notáveis pedetistas. A questão por lá ainda não é unânime. Mas, nesta quarta, um relevante obstáculo foi removido.

Deixe uma resposta

Compartilhe

VEJA OUTRAS NOTÍCIAS