Deste domingo a exatos 16 dias, os 43 vereadores da Capital escolherão a próxima Mesa Diretora da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).
O cargo principal, o de presidente, tem potencial para acirrar as relações entre PDT e PT – locais e regionais -, já azedas, desde o recente processo eleitoral.
Antes de entrar nos meandros políticos, propriamente, vale lembrar algumas atribuições do presidente da Câmara Municipal, que ajudam a explicar o peso da disputa.
O chefe maior da Casa é quem define a pauta. De requerimentos irrelevantes à abertura de processo de impeachment do chefe do Executivo. O cargo tem muito peso político.
O presidente é o segundo na linha sucessória do prefeito e tem à sua disposição invejável estrutura de pessoal, comunicação, logística, administrativa, jurídica e financeira.
A disputa
Até 1º de dezembro próximo, dia da votação, os olhos internos e externos estarão voltados para a cadeira de presidente da CMFor.
Dependendo do resultado, os ecos políticos poderão chegar à sucessão do prefeito José Sarto Nogueira (PDT), nas eleições municipais de 2024.
Aqui começa a parte mais interessante. Estão como pré-candidatos à cabeça de chapa os vereadores Gardel Rolim (PDT) e Léo Couto (PSB).
Os dois vêm a ser, respectivamente, líder e vice-líder de Sarto na Casa. Isso dá uma ideia de como a gestão municipal pode ser sugada para a disputa.
Em linhas gerais, Rolim tem o apoio do prefeito, do atual presidente da CMFor, Antonio Henrique (PDT) e de um grupo de vereadores. É o favorito.
No grosso do grupo pedetista estão aliados do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), terceiro lugar na disputa pela sucessão da governadora Izolda Cela (sem partido).
No agrupamento de Couto há apoiadores do governador eleito Elmano Freitas (PT) e do senador eleito Camilo Santana (PT).
A pré-candidatura do vereador do PSB conta com a simpatia de próceres palacianos. Por enquanto, os movimentos são informais.
Sucessão
Experiente, o prefeito Sarto sabe como é importante ter por perto um presidente de câmara na segunda metade da gestão.
Na tensão pré-eleitoral, debates, cobranças e denúncias pululam.
O grupo que levar a presidência da CMFor, agora, sai fortalecido para o próximo embate eleitoral.
Sarto é natural candidato à reeleição. Incrustado no Governo do Estado, o PT deve lançar candidatura própria.
Em sentido inverso, PT e PDT ensaiam uma reaproximação, em nível estadual. A ideia é os pedetistas irem para a base de Elmano na Assembleia Legislativa.
Veja aqui como está a situação por lá e tire suas conclusões.
Enquanto isso, segue valendo o discurso de independência da CMFor. Mas, a guerra surda no Legislativo Municipal é acompanhada de perto pelos líderes maiores.
No meio de campo, há bombeiros e incendiários.
Um deles admitiu à Coluna que, no limite, uma proposta de chapa única, pela sucessão de Antonio Henrique, poderia ser colocada à mesa.
Rascunhos estão sendo feitos. Ainda não sabemos se daí sairá algum desenho definitivo. Melhor aguardarmos os próximos 16 dias.
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Briga de cachorro grande
O estagiário esqueceu do Vice Prefeito. A ordem sucessória descrita no texto, ignorou o Vice Prefeito do Municipio.