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Mudança de posicionamento?

Em setembro de 2019, Augusto Aras, contrariando a tradição de escolha de um dos nomes da lista tríplice do MPCE, foi aprovado pelos senadores, com 68 votos a favor e 10 contra, o novo procurador-geral da República. À época, ele defendia a operação Lava Jato, Bolsonaro tinha oito meses de mandato e 38% de rejeição em pesquisas. Quase dois anos depois, estamos em agosto de 2021 e Aras é reconduzido ao cargo com 55 votos favoráveis contra 10 contra.
Bolsonaro, por sua vez, alcança rejeição recorde de mais de 60% nas pesquisas.

Acusado de ser o novo ‘engavetador-geral’ da República e estar a serviço de Bolsonaro, Aras teve que readaptar o discurso. Aos senadores, disse que é a favor da vacinação, do inquérito das fake news, contra a criminalização da política, e que agora também é contra a Lava Jato. Ou seja, um discurso mais alinhado com o dos ministros do STF do que com o de Bolsonaro. Aliás, nos bastidores de Brasília é voz corrente que, ao longo das conversas reservadas com os senadores, antes da sabatina pública, Aras garantiu que não vai apoiar a pauta ideológica do presidente. Será? O tempo dirá.

Novo centro
Reitor Cândido Albuquerque comemora dois anos de gestão entregando o novo Laboratório de Tecnologia em Cereais, Raízes e Tubérculos da UFC, no Centro de Ciências Agrárias, no Campus do Pici. Foram investidos na reforma cerca de R$ 75 mil. Além disso, foram recebidos, em regime de comodato, equipamentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-CE), avaliados entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões. Para a coordenadora do laboratório, professora Dorasilvia Ferreira Pontes, o novo espaço reflete os esforços de uma equipe que sempre almejou e trabalhou duro pela interação da universidade com os setores produtivos, sem perder de vista a excelência em ensino, na pesquisa e na produção de conhecimento.

Indicação a perigo
André Mendonça, o “terrivelmente evangélico” ungido de Bolsonaro para a vaga aberta por Marco Aurélio de Mello, no STF, que se cuide. Os fervilhantes bastidores de Brasília indicam que há uma forte tendência de rejeição ao seu nome no Senado. E já se fala abertamente nos corredores do Congresso que o centrão já tem um nome para indicar no lugar de Mendonça. E com tantas pautas de interesse do governo em aberto no Legislativo, não se sabe se o presidente vai querer gastar suas moedas de troca para reverter essa tendência.

Justa homenagem
O presidente Ricardo Cavalcante, da Fiec, foi agraciado na manhã de ontem (25) com a insígnia de Bandeira da Medalha do Pacificador, homenagem entregue pelo comandante geral do Exército Brasileiro, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em Brasília. A Medalha do Pacificador homenageia militares e civis, brasileiros ou estrangeiros, que prestaram serviços ao Exército, elevando o prestígio da instituição ou desenvolvendo as relações de amizade entre o Exército e os de outras nações. Tudo a ver, Ricardo é de fato um pacificador.

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