Economia

Por ser uma novidade, o Pix ainda causa certa apreensão por parte dos consumidores. A nova ferramenta é difícil de ser utilizada? Haverá cobrança de taxas? O sistema é seguro? São muitas perguntas, mas as respostas são simples. Preparamos um guia com as principais dúvidas para esclarecer a utilização desta ferramenta.

O que é Pix?
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos, criado pelo Banco Central. Trata-se de uma modalidade que vai funcionar dentro do aplicativo bancário de cada cliente ou empresa, como acontece com outras modalidades de transferência, como o DOC e o TED – que continuam valendo normalmente.

Essa funcionalidade é difícil de utilizar?
Quem já utiliza o DOC e o TED, por exemplo, não terá grandes dificuldades. A diferença é que o Pix funciona por meio de um único código (chave Pix), ao invés das outras modalidades, que exigem a digitação de vários dados do destinatário (CPF, número da conta etc.).

Esse sistema é seguro?
O Banco Central e outras instituições financeiras trabalham no desenvolvimento do Pix há cerca de dois anos, com uma grande equipe de técnicos. A ferramenta utiliza os sistemas de segurança mais modernos do mercado e está sendo constantemente monitorada: vai passar por uma fase de testes, ajustes, até ser ativada. E no futuro outras fincionalidades vão ser agregadas a ela. O cuidado maior é com possíveis fraudes no período de cadastramento das chaves Pix – por isso, o procedimento deve ser feito apenas pelo aplicativo bancário.

Que vantagens o Pix terá em relação a outras modalidades de pagamento/transferência?
A partir do dia 16, o Pix vai funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados e finais de semana. Em até 10 segundos, o recurso estará disponível na conta do destinatário. Além disso, não será necessário digitar várias informações (CPF, número de conta etc) na hora da transação, o que vai diminuir os eventuais erros das operações.

O que é a chave Pix?
A chave Pix é o código pelo qual o usuário tem acesso à ferramenta. Na hora do cadastramento, o cliente pode optar por cadastrar como chave Pix o seu CPF/CNPJ, e-mail, telefone ou um código aleatório de 32 dígitos, fornecido pelo próprio banco.

Como fazer o cadastro do Pix?
O cadastro do Pix deve ser feito unicamente através do aplicativo bancário. Ao acessar a conta, clique no ícone indicado (“cadastre sua chave Pix”) e siga as indicações, escolhendo que tipo de dado (CNPJ, CPF, e-mail etc.) vai ser cadastrado como chave Pix.

É preciso ter conta em banco?
Não é preciso ter conta em banco convencional para usar o Pix. Quem tem conta em fintechs (empresas de tecnologia ligadas ao sistema financeiro), cooperativas e instituições de pagamento também pode utilizar o Pix. A conta pode ser corrente, poupança ou de pagamento pré-paga.

Como vão funcionar os pagamentos pelo Pix?
O novo sistema de pagamentos funciona por meio de smartphone, internet banking e QR Code. Basta inserir a chave Pix do destinatário do recurso financeiro ou fazer a leitura do QR Code, utilizando a câmera do smartphone. Mas é necessário ter acesso à internet para realizar a transferência.

As transações feitas pelo Pix serão cobradas?
As operações pelo Pix serão as mais baratas do mercado. O Banco Central estima que o custo será de R$ 0,01 para cada dez operações, para a instituição financeira. Para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs), não haverá taxa, desde que a operação seja feita pelo smartphone ou internet banking. Para empresas de maior porte, haverá cobrança de taxa – a ser definida de acordo com cada instituição financeira – mas ela será bem menor do que a praticada pelo TED, por exemplo.

Existe um limite de valores para operações do Pix?
Não existe limite algum para pagamentos ou transferências pelo Pix. Isso ficará a critério de cada instituição participante. A quantidade de operações diárias ou mensais não será inferior aos limites já existentes para outros meios de pagamento.

Os clientes que possuem mais de uma conta, precisam se cadastrar em todas elas pelo Pix?
Sim. Para utilizar o Pix, é preciso fazer o cadastramento da chave em cada uma das contas, a menos que a pessoa ou empresa determine que para determinada conta, ela não vai utilizar o Pix, apenas as modalidades já existentes, de DOC e TED, por exemplo.