Economia

Tecnologia é aliada de investidores no mercado financeiro

Poupança ainda é aplicação mais procurado pelos brasileiros, mas informações na internet e orientação especializada trazem outras alternativas para fazer o dinheiro render

Giuliano Villa Nova

economia@ootimista.com.br


Décadas atrás, quando um pai pensava em dar um futuro mais tranquilo para o filho, sabia qual era o investimento ideal: uma caderneta de poupança, de presente, em nome da criança. Era um investimento seguro, com retorno garantido. Hoje, com a sofisticação dos produtos, é possível diversificar aplicações e fazer o dinheiro render muito mais. Para isso, porém, é preciso conhecimento – muitas vezes, de um profissional especializado. Afinal, mesmo com tantas informações disponíveis, para se investir corretamente é preciso um alto grau de entendimento sobre o mercado.
Mas se há tanta tecnologia e variados tipos de aplicação, por que a poupança ainda é procurada por 8 em cada 10 brasileiros, de acordo com pesquisa do Banco Central? “Apesar da baixa rentabilidade, com rendimento anual de apenas 1,4% a.a., equivalente a 70% da taxa Selic, a poupança oferece vantagens, como liquidez (saque imediato), segurança (valores de até R$ 1 milhão por CPF garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito), facilidade de abertura e isenção de Imposto de Renda”, explica Ozeias de Paulo Gomes da Silva, especialista em investimentos e corretor de seguros.
Na visão de Darla Lopes, diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-Ceará), quem aplica apenas na poupança deveria conhecer outras possibilidades. “As pessoas preferem a poupança por conta da facilidade e da comodidade, e existe a questão da falta do conhecimento. Muitos têm medo ou preguiça de conhecer outros produtos mais rentáveis”, opina.

Investidor
Pelo menos esse não é o caso de Gabriel Carneiro. A paixão pelo mercado de capitais fisgou a atenção dele ainda na adolescência. “Com 18 anos, participei de um curso sobre Bolsa de Valores e me despertou a curiosidade, que eu já tinha, e o desejo de conhecer as oportunidades financeiras. Em seguida, fiz a primeira aplicação”, descreve.
O interesse se tornou profissão. Hoje, além de investidor, ele trabalha como consultor financeiro, utilizando na prática os conhecimentos. “Analiso o mercado diariamente. Uma forma interessante de ficar antenado às oportunidades é se manter informado, com notícias globais e locais, além de perguntar a pessoas de mercado as melhores decisões”, orienta Gabriel Carneiro.

Alternativas para fazer o dinheiro render

Para quem pretende fazer o dinheiro render, há muitas alternativas – inclusive no exterior. Mas é preciso seguir recomendações básicas. “Não existe investimento perfeito, e sim, o produto mais adequado ao perfil, realidade e necessidade do investidor”, observa Ozeias de Paulo Gomes da Silva.
Ele indica que deve-se observar o perfil do investidor (conservador, moderado, dinâmico ou arrojado) e verificar qual é o objetivo da aplicação. “Ele deseja adquirir um imóvel, viajar com a família ou apenas rentabilizar o capital para longo prazo?”, destaca Ozeias. “Também é importante diversificar as aplicações para equilibrar a exposição aos riscos”, completa.
Darla Lopes indica a procura de uma ajuda especializada, em alguns casos. Mas o fundamental é o investidor procurar se informar sobre o mercado e os produtos disponíveis. “Se a pessoa não tem segurança sobre investimento, o ideal é buscar um profisisonal, mas ainda assim ela precisa estudar sobre investimentos. Existem diversos sites e canais gratuitos, com conteúdo disponível e fácil sobre as possibilidades de investimento”, descreve a diretora do Ibef-Ceará.

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