Economia

Setor de serviço sobe 1,4% em novembro, com quarta alta consecutiva, segundo IBGE

Segundo a pesquisa, na comparação com novembro de 2019, o total do volume de serviços recuou 10,4%, apresentando a décima taxa negativa seguida no indicador, porém menor do que a variação apontada em outubro, para esse recorte

O setor de serviços cearense avançou 1,4% na passagem de outubro para novembro de 2020, o quarto mês consecutivo de alta. O balanço é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (13). Apesar do ganho acumulado nesse período, o resultado ainda é insuficiente para compensar as perdas entre os meses de fevereiro e abril no setor.
Segundo a pesquisa, na comparação com novembro de 2019, o total do volume de serviços recuou 10,4%, apresentando a décima taxa negativa seguida no indicador, porém menor do que a variação apontada em outubro, para esse recorte.
No acumulado no ano, a queda é de 14,4% frente ao mesmo período de 2019. Já em 12 meses, o recuo de 12,9% manteve a trajetória descendente iniciada em março (1,6%). De acordo com o IBGE, esse é o resultado negativo mais intenso desde o início da série, iniciada em dezembro de 2012 para essa comparação.
As atividades de serviços que compõem a queda de 10,4% frente ao mesmo mês de 2019 são: serviços prestados às famílias (-30,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%) serviços profissionais, administrativos e complementares (2,8%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-17,7) e outros serviços (-10,3%).
No Brasil, o setor de serviços registrou alta de 2,6% em novembro de 2020. Foi o sexto mês consecutivo de crescimento. A PMS mostrou também que de junho a novembro houve ganho acumulado de 19,2% ao setor.
O avanço, no entanto, não foi suficiente para compensar a perda de 19,6% registrada entre fevereiro e maio. Com isso, o volume de serviços no Brasil ainda está 14,1% abaixo do recorde histórico, de novembro de 2014 e 3,2% abaixo de fevereiro de 2020.
Segundo o IBGE, se comparado com novembro de 2019, houve queda de 4,8% no total do volume de serviços, o que leva à nona taxa negativa seguida no índice. Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, em 2019 não havia o contexto de pandemia e consequentes recomendações como o isolamento social e o teletrabalho. “Por isso, parte de uma base de comparação é mais elevada [em 2019]”, afirmou.

Pandemia afetou serviços presenciais

O gerente da PMS, Rodrigo Lobo, lembrou que as atividades do setor de serviços que mais encontram dificuldades são as prestadas de forma presencial e esse foi o motivo pelo qual o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas. “Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família, de uma maneira geral, e transporte de passageiros, seja o aéreo, o rodoviário e ou o metroviário, até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu ao setor voltar ao patamar pré-pandemia”, completou.
Entre maio e novembro, a atividade de transportes com o sétimo mês seguido de crescimento acumulou ganho de 26,7%, mas para alcançar o nível de fevereiro de 2020, mês que antecedeu a implementação das medidas de isolamento social para combater a covid-19, ainda precisa avançar 5,4%.

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