Membros da elite do parlamento brasileiro, congressistas costumam ter amargas surpresas nas urnas, quando chega a hora de prestar contas com o dileto eleitor.
Distanciamentos – entre eles, o geográfico –, da base eleitoral, estão entre os motivos.
No exercício do mandato, deputados federais e senadores costumam olhar o Brasil, seu estado e cidade, a partir de Brasília.
Já foi dito que a Capital Federal é o pior lugar de onde se deve fazer esse tipo de contemplação.
Procede. No centro dos holofotes nacionais, alguns são personagens de notícias quase todos os dias; outros, acessam ministros com um simples telefonema ou mensagem de texto.
Cercados por assessores, muitos têm quase tudo ao tempo e na hora. Os melhores restaurantes são quase uma rotina.
Deslocamentos, hospedagens e outras mordomias são bancados pelo Poder.
Não é fácil resistir. Pelo contrário. Adaptar-se ao padrão brasiliense é questão de dias ou semanas.
Não é raro, inclusive, o clássico deslumbre com o cheiro do poder no Planalto Central.
Onipresente em redes sociais – às vezes, de forma terceirizada –, a maioria acredita que a conexão com o eleitor vai durar por décadas.
Para vários, entretanto, isso vai só até o dia em que descobrem, da pior forma, que o “risco” Brasília sempre exigiu muito mais de sua comunicação política.
As próximas gerações dirão para que serviu a COP28
Há forte expectativa sobre o desfecho da COP28 – realizada em Dubai, vai até esta terça-feira (12).
Mas é muito cedo para um balanço concreto.
Por ora, o que há são esforços para se emplacar narrativas positivas.
Não é bem assim. Basta citar a falta de consenso mínimo sobre eliminação do uso de combustíveis fósseis – epicentro dos debates.
Somente os próximos anos dirão, ao mundo e às gerações futuras, para que serviu a atual cúpula do clima.
A lição de casa na geopolítica
Nos últimos meses, o governo brasileiro sinalizou forte interesse em intermediar os dois mais graves conflitos bélicos do mundo, em andamento: as guerras Rússia x Ucrânia e Israel x Hamas.
Nesse meio tempo, a Venezuela se movimenta para anexar um pedaço do território da Guiana.
Vamos combinar assim: o Itamaraty puxa para si o esforço diplomático para desatar o nó na América do Sul.
Se resolver a confusão no quintal, o Brasil poderá se habilitar a meter o bedelho no Leste Europeu e Oriente Médio. #ficaadica. Ou: “aquí tienes un consejo”.
Reforma tributária
A semana política deve ser marcada, em Brasília, pela votação, na Câmara dos Deputados, da reforma tributária.
A sinalização partiu do presidente da Casa, Athur Lira (PP-AL), ao relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
De forte impacto e longo alcance, o projeto tem potencial para ser a principal conquista da atual legislatura.
CDH na UFC
A Universidade Federal do Ceará (UFC) reinstalará, nesta segunda-feira (11), a Comissão de Direitos Humanos (CDH). Instalado em 2018, o colegiado passou por período de inatividade.
Entre os objetivos da CDH estão erradicação de todas as formas de intolerância, discriminação e violação dos direitos humanos no âmbito da universidade.
Centrão consolida poder sobre Planalto
Deverá ser através das novas diretrizes do Orçamento da União que o Congresso Nacional estabelecerá uma nova correlação de forças com o Poder Executivo.
Grupo mais poderoso de Brasília, o centrão já controla importantes feudos no governo Lula. Foi o primeiro grande passo. Mas isso é passageiro.
Cíclico, esse tipo de influência depende de processos eleitorais e outras variáveis.
O que está sendo articulado é algo muito mais sustentável e duradouro. Trata-se da nova estruturação das chamadas emendas de comissão.
Para o ano que vem, o montante deve chegar a R$ 50 bilhões. Assemelhadas às famigeradas emendas do relator, serão blindadas contra contingenciamentos.
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Meus parabéns pela sua percepção e informações sobre a política!