Colunista

Assim como a vida é cheia de teorias sobre fins de relacionamento, a política é rica em narrativas que tentam explicar, com uma certa avidez, porque ciclos de aliança se fecham. É isso, basicamente, o que está acontecendo na parceria política entre o PT e o PDT cearenses, que vai chegando ao fim. Pedetistas não aceitaram o que chamaram de “intromissão” nas decisões internas do partido e resolveram, a seu modo, definir o candidato a governador. O PT acusou o então parceiro de, com o gesto, “romper”, unilateralmente. É claro que não foi nem uma coisa nem outra – apesar de ter sido, também, um pouco das duas.

Quando não é mais possível a vida a dois, o importante passa a ser a explicação padrão a ser reproduzida para família, amigos, redes sociais e a quem mais interessar. No jogo do poder não é lá tão diferente. Sempre no esforço para agradar plateias – no caso, o eleitor –, políticos esforçam-se para construir justificativas.

E o que há de mais em comum entre a seara pessoal e a política? Acertou quem pensou numa espécie de síndrome do vitimismo, que acomete, de maneira geral, políticos e ex-casais. Mas o interessante é que tanto a forma como um e outro se comportam, depois de um rompimento, tem relação estreita com interesses objetivos. No divórcio, há questões como divisão de patrimônio e pensão. Na política, o relevante será o discurso a ser proferido para o público.

Energia em pauta
O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços Elétricos do Estado Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a Fiec e o Sebrae, aborda, nesta quinta-feira (21), a abertura do setor elétrico para o mercado livre – teor do projeto de lei 414/21. O evento receberá grandes nomes da área energética e demais autoridades militantes do setor, a exemplo do presidente da Frente Parlamentar de Energias Renováveis da Câmara dos Deputados, Danilo Forte (União Brasil). Considerado o “Novo Marco Regulatório do Setor Elétrico”, o PL 414/21 tem a perspectiva de alavancar novos investimentos, acelerar a transição energética e potencializar a inovação e o desenvolvimento tecnológico do setor, tornando o acesso ao mercado livre de energia mais democrático.

Danilo Forte e o ICMS
A propósito de Danilo Forte, no último dia 13, aqui foi abordada a queda no preço dos combustíveis. O fato deve-se à iniciativa do deputado, que apresentou projeto, na Câmara dos Deputados, que limitou a cobrança do ICMS para combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte. Foi dito que, por uma série de fatores, a queda no valor final não foi tão expressiva.

“Mudamos a pauta do Brasil”
Em contato com a coluna, Danilo Forte ponderou que segue animado com os resultados de sua iniciativa. “Na semana passada, falava-se em gasolina a oito reais. Hoje, regula em seis”, afirmou o parlamentar, acrescentando que no caso da energia, o desconto será superior a 10%. “Como o celular a internet”, completou. “Mudamos a pauta política no Brasil”, empolgou-se.