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Editorial O Otimista: Hidrogênio verde: o futuro do Ceará na esquina do Atlântico

Novas energias terão impactos sem precedentes / Reprodução

Planejamentos determinam o que queremos. Mas são as ações que definem conquistas. Nada mais ilustrativo dessa máxima, em se tratando de desenvolvimento do Estado do Ceará, do que o Encontro de Negócios Fiec Summit 2022 – Hidrogênio Verde, realizado nos últimos dias 3 e 4, na Casa da Indústria, em Fortaleza.

Coordenada pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), a iniciativa reuniu representantes das empresas-âncoras multinacionais AES, Engiee, Fortescue, Qair, Transhydrogen, e White Martins/Lindt. Em formato híbrido – presencial e online -, o evento contou com mais de 1,5 mil inscritos, de 20 países.

A grandiosidade e alcance do Summit mostram a importância da pauta. Trata-se de uma nova fronteira do mundo da ciência e da economia, em que grandes players, com recursos bilionários privados, investem, em larga escala, na separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio – uma vanguardista produção de energia limpa e renovável.

Presente na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, definiu assim as reuniões: “Estou impressionado. Não fui em nenhuma outra região do Brasil que criou um evento desse tamanho”.

Leite sintetizou o potencial do Ceará nesse ecossistema energético do futuro. “O mundo busca uma nova cadeia de suprimentos, um país amigo da energia verde e esse país é o Nordeste. Especialmente, o Ceará, pela capacidade, tecnologia e empreendedorismo”. O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, reiterou: “Vemos a ampliação das vantagens competitivas e o potencial de energias renováveis de que dispomos”, afirmou.

O Estado já possui 19 memorandos de entendimento, para produção desse tipo de energia, no Complexo do Pecém. Será o Hub de Hidrogênio Verde do Ceará. A previsão de investimentos é de US$ 44 bilhões – quase R$ 228 bilhões. Será um impacto sem precedentes nas cadeias produtivas, na geração de emprego e receitas públicas. Tudo isso, mais o inadiável compromisso com a vida humana e o meio ambiente, uma vez que o hidrogênio verde é energia sustentável e infinita.

Apoiar e acreditar em grandes discussões, como as que aconteceram esta semana, é muito mais do que prospectar investimentos. É olhar para o futuro do Ceará na esquina do Atlântico.

 

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