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Editorial O Otimista: É tempo de namorar

É estabelecer uma conexão de confiança permanente, à prova de contratempos / Jasmine Carter/Divulgação

O amor está no ar, especialmente, neste final de semana, quando se brinda (domingo, 12), o Dia dos Namorados. Está no ar, nas palavras sensíveis e nas metáforas apaixonadas. Mas pode estar, também, no mundo palpável e tangível, do nosso dia a dia, para além de nomes num coraçãozinho ou declarações em velhos cartões de livraria.

O cupido do amor tem o condão de flechar as pessoas, para uma nova visão, própria, e da vida ao nosso redor. O autoconhecimento pode abrir portas internas, que nem sabíamos que existiam; a empatia permite enxergar as pessoas por detrás da primeira aparência. Este dia chama para novos tipos de relacionamento.

Permitindo-se, sempre haverá motivos para descobertas. Da conclusão, para alguns, de que é possível ser feliz, sozinho, à imensidão de gente que procura, em outros, a fagulha da eternidade a dois. Entretanto, entre um extremo e outro, navegando nos mares bravios das vicissitudes humanas, há muito pelo que se apaixonar.

Uma nova postura pode nos conectar com a Natureza – carente de sentimentos nobres. Como está sua relação com o meio ambiente? Familiares, amigos e anônimos podem estar aguardando uma ajuda. Qual a última vez que você dirigiu uma palavra de conforto a alguém? Dê mais atenção a seres próximos. Você já disse, hoje, para seu pet, que o ama?

Até no sentido clássico do termo, namorar não é somente galantear e desejar levar para debaixo dos lençóis. É querer bem, estar por perto e ter cuidado. Não é somente flertar. É estabelecer uma conexão de confiança permanente, à prova de contratempos. Não é somente cortejar. É descer a âncora da estabilidade que desafie o tempo.

Amar é um gesto caleidoscópico. Giramos, giramos e giramos, em busca de um reflexo de luz colorida que nos encante, sossegue nosso coração e nos pare de fazer procurar. Amar pode ser uma combinação variada, ao longo da existência. Pode ser uma alma gêmea, que vem e vai, ou um simples fio, bem fininho e invisível, mas que nunca se rompe.

Mas tudo começa com o namoro. É da natureza humana, com seus sentidos rasos ou profundos – não importa. O relevante é estar acima de conceitos e preconceitos. O amor é de todas as cores e, ao mesmo tempo, de cor nenhuma. É transparente. Não avisa quando vai chegar nem a hora de desabrochar. Todo tempo é tempo de namorar.

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