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Editorial O Otimista: Dia dos Pais: uma merecida declaração de amor

É acolher, defender e ajudar seus filhos, em escolhas prováveis e improváveis / Reprodução

Avida é feita de aprendizagens, que somente o tempo e a dedicação são capazes de construir. Presentes no dia a dia, esses elementos sempre nos conectam a quem amamos, a exemplo de nossos pais, os grandes homenageados neste segundo domingo de agosto.

Carinhosos ou “mais fechados”, extrovertidos ou de poucas palavras, flexíveis ou rígidos, sempre lá estão eles: misturas de conselheiro e protetor, herói e inspirador, professor e companheiro. Cada filho ou filha monta seu combo paizão. O importante é o que ele representa para nós e o fato de sempre estar pronto para nos indicar os caminhos por entre as pedras e desafios do mundo.

A própria história do Dia dos Pais já é, em si, uma soma de lições. A celebração remonta à Antiguidade. Há mais de quatro mil anos, Elmesu, filho de Nabucodonosor, teria feito uma espécie de cartão, moldado em argila. Na peça, desejou sorte, saúde e vida longa ao pai-rei – anseios que renovamos neste final de semana.

Em outras épocas e culturas, cada povo desenvolveu sua forma de marcar a data – com dias diferentes entre vários países. No Brasil, surgiu no meio do século passado, através de um concurso, que destacaria os pais mais jovem e mais velho e o que tivesse o maior número de filhos.

É interessante notar como os motes acima, para identificação de perfis paternos, mudaram, nas últimas décadas. O pai é quem concebe e cria, mas também quem adota, educa e ama, com base na afetividade multi definidora de pessoas e casais. Ser pai é acolher, defender e ajudar seus filhos, em escolhas prováveis e improváveis.

Experientes, eles têm uma apurada noção das implacáveis consequências do tempo. Sabem que, às vezes, vale a pena abrir mão do que mais se quer, no momento, para se conseguir o que teremos a vida inteira. Ser pai é estar e chegar junto. Dos mais simples – a maioria responsável pelo sustento da família -, aos mais aquinhoados, quando vão repassar aos herdeiros muito mais do que o comando de pequenos impérios.

Há um clichê, segundo o qual só percebemos o valor de um pai quando nos tornamos um. Existe outro que sustenta sermos, cada vez mais, parecidos com eles, na medida em que o tempo passa e crescemos. Na dúvida, não deixe para depois uma declaração de amor que você pode fazer neste domingo. Ele merece.

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