Economia

Custo da cesta básica em Fortaleza aumenta 5,64%

Lucas Braga

economia@ootimista.com.br

O grupo dos 12 produtos que compõem a cesta básica registrou inflação de 5,64%, na Grande Fortaleza, no mês de novembro. Conforme o levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dez desses produtos apresentaram alta e a cesta básica fechou o mês com média de R$ 539,33.

Entre outubro e novembro, os alimentos cujo preço mais subiu foram óleo (10,08%), banana (8,56%) e pão (7,58%). O preço do café manteve-se estável e foi observada uma leve redução no preço do feijão (-1,20%). Açúcar e batata também foram alimentos com custo maior nas gôndolas, na maioria das capitais brasileiras. Em Fortaleza, destaca-se também alta no leite (6,58%), carne (6,05%), tomate (6,01%) e arroz (5,60%).

“As altas nos preços desses alimentos se intensificaram muito nos últimos três meses. No caso do arroz, a área plantada havia diminuído e, logo em seguida, houve aumento nas exportações, por conta da pandemia. Com a desvalorização do real, foi mais vantajoso para o produtor exportar, o que desabasteceu o mercado interno. Isso também aconteceu com a proteína animal”, explica Reginaldo Aguiar, economista do Dieese.

Observando as variações semestral e anual da Cesta Básica, em Fortaleza, verifica-se que foram de 18,49% e 36,26%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em novembro de 2020 (R$ 539,33) está mais cara do que em maio de 2020 (R$ 455,18) e em novembro de 2019 (R$ 395,82).

 

País

Ainda de acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, em uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, o custo somente com alimentação foi de R$ 1,617,99. Tomando por base o salário mínimo vigente no Brasil, de R$ 1.045 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que foi necessário trabalhar 113h e 32 minutos para custear a alimentação no mês.

Com base no preço da cesta básica do Rio de Janeiro, a mais cara, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família (dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 5.289,53 em novembro, o que corresponde a 5,06 vezes o mínimo atual, de R$ 1.045.

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