Colunista

Vídeo com general impacta julgamento do STF sobre 8/1 – por Erivaldo Carvalho

A sede do Supremo / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A forte crise gerada pelas imagens do agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto, durante a invasão do prédio, é muito mais do que uma disputa de narrativas sobre o que aconteceu no fatídico 8 de janeiro, em Brasília.

Há uma CPMI em vias de ser instalada no Congresso Nacional. Não se sabe o que virá à tona. Até esta quarta-feira (19), o governo era contra as investigações. Bolsonaristas sempre foram a favor. Um dos instrumentos mais temidos, quebras de sigilo em comissões do tipo podem fazer Brasília tremer.

Só ao fim e ao cabo dos necessários esclarecimentos será possível responsabilizar, politico e criminalmente, os envolvidos. Isso vale para os lulupetistas que faturam, politicamente, com os atos golpistas, e para os lunáticos que praticaram, financiaram ou idealizaram a quebradeira na Capital Federal.

Em nome da prudência, é precipitado afirmar, com a certeza que a gravidade dos fatos exige, o comprometimento dos envolvidos. Até anteontem, havia somente uma versão.

Tudo considerado, o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre 8 de janeiro corre o risco de ser prejudicado. Em outras palavras, com o vídeo do general, o caso deveria ser sobrestado na Corte, até, no mínimo, o desfecho da CPMI.

CPMI: são mínimas as chances de André Fernandes

Parlamentar está em inquérito do STF / Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal André Fernandes (PL-CE) movimenta-se, em Brasília, para ser presidente ou relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos de 8 de janeiro. São mínimas as chances de isso acontecer. O parlamentar cearense está no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura e julga, justamente, o vandalismo em Brasília. Os congressistas não vão querer um colegiado dessa importância com essa mancha entre seus dirigentes.

A crise e o recado do PT
Até a divulgação do vídeo que derrubou o general do GSI, o governo Lula vinha surfando na onda democrática, de cuja narrativa o PT se apropriara desde a campanha de 2022. Agora, corre atrás para se reposicionar. Diz o manual que quando se é arrastado para um debate político, já se chega em desvantagem. Mas o PT vem reagindo bem. O partido acerta, por exemplo, quando vem a público defender, sem distinção, punição para todos os envolvidos. Na Assembleia Legislativa, o recado foi dado pelo líder do PT na Casa, De Assis Diniz.

Casa da Mulher
Limoeiro do Norte poderá ter uma Casa da Mulher Cearense. Sugerida ao governo Elmano de Freitas pela deputada Juliana Lucena (PT), o equipamento integrará a rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência. Terá representações da Polícia Civil, Justiça, Ministério Público e Defensoria.

Relatoria do PP
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ganhou mais uma. O alagoano emplacou o aliado de partido, deputado Cláudio Cajado (BA), para relatoria do projeto do novo arcabouço fiscal enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional. Isso se chama controle do jogo com o Palácio do Planalto.

Os planos de Júlio César Filho

O deputado do PT, em entrevista à TV Otimista / Divulgação

De tradicional família política de Maracanaú, o deputado estadual Júlio César Filho (PT) está no quarto mandado de deputado estadual. Experiente, já liderou o governo na Assembleia Legislativa e tem atuação marcante na Região Metropolitana de Fortaleza. Particularmente, em sua terra natal. Em entrevista à TV Otimista, o parlamentar, que já disputou duas vezes as eleições municipais – 2016 e 2020 –, disse que deverá entrar na disputa, novamente, no ano que vem. Nessa hipótese, enfrentará, de novo, o grupo liderado pelo atual prefeito, Roberto Pessoa. Um dos argumentos de Júlio César é a renovação das lideranças da cidade de Maracanaú. O grupo de Roberto está há 20 anos no poder.

 

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