Colunista

Quanto mais voto em Fortaleza, mais responsabilidade política com a Capital do CE – por Erivaldo Carvalho

Luizianne, Célio e André tiraram, cada um, mais de 100 mil votos em Fortaleza / Divulgação

Na última segunda-feira (13), aqui foi destacado “a responsabilidade dos deputados federais com a Cidade de Fortaleza”. Em síntese, foi dito que os representantes do Ceará em Brasília devem um olhar mais detido para a Capital. Particularmente, em se tratando de apoios financeiros. Aqui vivem cerca de 30% da população do Estado e 1,8 milhão de eleitores.

A pedido de interlocutores, a Coluna levantou os dados dos parlamentares mais votados em Fortaleza para a Câmara dos Deputados, em 2022. Obviamente, essa é somente um entre várias réguas, com as quais se pode medir a relação entre o parlamentar e o Município. Vamos lá.

Três deputados eleitos tiraram mais de 100 mil votos cada. A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) encabeça a lista, com 119.326 dos 182.232 sufrágios que conquistou. Em seguida, vem Célio Studart (PSD), com 107.542 dos 205.106. André Fernandes (PL) fecha a trinca. O deputado federal mais votado teve 105.974 votos dos 229.509 que conseguiu.

A lista segue com Ronaldo Martins (Republicanos): 52.216 votos, Luiz Gastão (PSD): 44.902 votos, Idilvan Alencar (PDT): 26.306 votos e Dayany do Capitão: 21.486.

PS: pelo menos três dos sete deputados acima citados têm pretensões para as eleições de 2024.

Quem será o líder informal do prefeito Sarto na Alece?

Parte dos debates focará eleições 2024 / Júnior Pio/Alece

Há tempos teve início a segunda metade da gestão do prefeito José Sarto (PDT), a Assembleia Legislativa começa a pegar ritmo de debates e, com isso, já começa a discussão em torno das eleições municipais da Capital. Não será surpresa a crescente onda de cobranças e críticas. Por isso, urge que o Paço Municipal escale pelo menos uma dupla de deputados estaduais, para ficarem a postos, para esclarecimentos e enfrentamentos políticos. #ficaadica

A volta dos que foram
O enfático e emocionante ato de desagravo do presidente Lula ao ex-ministro José Dirceu – beneficiado com decisão do STJ – é uma espécie de loop crono-político do governo do PT. Já voltaram a ex-presidente Dilma Rousseff, o ministro Fernando Haddad e o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, entre outros. Guido Mantega também ameaçou retorno, mas o economista ainda está com a ficha suja. É do jogo. O grupo político ganhou as eleições – embora isso seja um risco de o governo envelhecer, precocemente.

A aula
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu aula de civilidade, em pelo menos dois atos públicos, dos quais foi personagem central: no programa Roda Viva (TV Cultura) e em evento do BTG. Foi técnico, seguro, sereno e elegante – tudo que o lulopetismo não queria assistir. Ministros, por óbvio, ficaram irritados.

O convite
O comportamento profissional de Campos Neto, em meio ao tiroteio liderado pelo presidente Lula, forçou aliados do Planalto a baixarem as armas contra o homem que controla a inflação no Brasil, via taxa de juros. Tanto que a convocação, em meio à fúria superficial governista, virou cordial convite, para o presidente do BC ir ao Congresso.

O que quer Firmo Camurça

Deputado estadual foi prefeito de Maracanaú / Reprodução

Embora, por enquanto, visto de forma isolada, o movimento do deputado estadual Firmo Camurça (União Brasil), que sinaliza compor a base do governo Elmano de Freitas (PT), já alimenta uma boa tese nos bastidores: a de que isso pode evoluir para um acordo, pelo qual o PT não lançaria candidato a prefeito em Maracanaú. Ex-gestor do município, o parlamentar é um dos cotados para voltar a disputar o posto. O deputado Júlio César (PT) é de lá. Inclusive, já tentou. Atual prefeito, Roberto Pessoa tem direito a tentar reeleição. Para complicar mais: líder da oposição, Wagner Souza, presidente do partido de Camurça, discorda da aproximação com o Palácio da Abolição.

 

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