Colunista

Por que força das big techs não deveria assustar

Poderes da República estão sendo desafiados / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Elas são protagonistas em todos os setores que mudaram o mundo como nossos pais e avós o conheciam. Como deuses contemporâneos, são onipresentes, oniscientes e onipotentes. Sejam todos bem-vind@s ao universo das big techs, que passaram o rodo no governo Lula.

Ainda cambaleante, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional estão se aliando ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na lógica do “ou nós ou elas”, tentarão fechar o cerco às plataformas digitais, que na visão dos Poderes da República mandam e desmandam no fluxo de informação e desinformação do País.

Mas por que não deveríamos estar assustados com tanta força – o suficiente para dobrar um Estado da envergadura do Brasil? A resposta: porque não há novidade nisso. Entidades do tipo existem há séculos e sempre predominaram nas cenas pública e privada.

Do domínio da ciência e da fé às grandes navegações, que batizaram continentes, escravizaram povos e definiram os rumos da humanidade, lá estavam elas – só que em outros formatos.

A diferença para as novas organizações está no fato de que as multinacionais da inteligência artificial definem comportamentos – não somente controlam o dinheiro, como os grandes bancos faziam. As de hoje não comandam partidos políticos, mas dominam corações e mentes.

Por que Lula foi derrotado no Marco do Saneamento

Presidente queria privilegiar estatais / Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Congresso derrubou o decreto do presidente Lula, que adiava a aplicação do Marco do Saneamento, porque o governo queria proteger estatais do setor. Na prática, o Planalto pretendia privilegiar, ideologicamente, setores sabidamente onerosos e perdulários. Como a lógica é tudo isso pesar na formação da tarifa, o consumidor final pagaria pela incompetência oficial. O mercado percebeu e pressionou parlamentares. Placar: 295 a 136.

Educação em debate
Como os Tribunais de Contas podem fechar ralos de desvios e desperdícios e melhorar a aplicação dos recursos públicos na educação? O tema estará à mesa do V Simpósio Nacional de Educação, que acontecerá de 10 a 12 próximos, em Goiânia (GO). Recentemente, fiscalizações das Cortes em diversos estados jogaram luzes em irregularidades e deficiências graves no setor. O evento é uma realização do Comitê Técnico do Instituto Rui Barbosa (IRB). O presidente e conselheiro do TCE-CE, Edilberto Pontes, estará na abertura.

Anos ímpares
Partidos políticos deveriam aproveitar anos ímpares, em que as gestões estão deslanchando e a temperatura eleitoral é amena, para se organizarem. Encontros para formação política, seminários para discussão programática e campanhas de filiação deveriam dominar as atividades. Isso afastaria a pecha de entidades cartoriais.

Anos pares
No Ceará, poucos partidos políticos promovem atividades que não sejam em anos pares – quando há disputa eleitoral. Na seleta lista, é muito justo citar o PT, que independentemente da safra, mantém-se vivo. O PDT Fortaleza tenta seguir o bom exemplo e programou uma série de atividades. Isso deve fazer a diferença no próximo ano.

A reedição da Lei Eunício Oliveira

Deputado federal articula mais benefícios / Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Uma das melhores notícias de Brasília chega via mandato do deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE). O ex-presidente do Congresso Nacional encaminhou e está articulando a reedição da lei 11.322/2006, que leva seu nome. Originalmente, garante renegociação de dívidas oriundas de operações de crédito rural. Nos últimos anos, foi mais de 1,3 milhão de famílias beneficiadas. Agora, a Lei Eunício Oliveira poderá ser estendida para repactuação de débitos contraídos por microempreendedores individuais. Como bem enfatiza o deputado estadual Danniel Oliveira (MDB), será um alívio para quem obteve financiamento ao longo da pandemia e não conseguiu honrar a dívida. É isso.

 

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