Colunista

O peso do PSD em Fortaleza – por Erivaldo Carvalho

Deputado Luiz Gastão preside partido na Capital / Câmara dos Deputados

Ocupando, atualmente, sete das 43 cadeiras na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o PSD apresenta-se, desse ponto de vista, como segunda maior força política da Capital.

Nas últimas eleições (2020), a sigla conquistou apenas duas vagas.

Com 13 titulares, o PDT do prefeito e candidato à reeleição, José Sarto, segue como maior bancada na Casa – quase o dobro da segunda colocada.

Há quatro anos, a legenda elegeu dez filiados.

Ambas as bancadas cresceram por motivos diferentes.

O PDT teve, certamente, a seu favor a força gravitacional da gestão municipal.

Já o PSD cresceu, provavelmente, pela expectativa de reeleição dos atuais integrantes.

Com a expressiva bancada, o PSD poderia ainda estar na base do prefeito.

Sabe-se que houve prolongadas rodadas de negociação. É o que dizem interlocutores à Coluna.

As tratativas teriam passado, basicamente, pela proposta do PSD em controlar o setor da juventude da administração, juntamente com os Cucas.

As duas estruturas estão, atualmente, sob o comando do PSDB e PDT, respectivamente.

Sem acordo, o grupo deixou o Paço e anunciou projeto solo para a próxima corrida eleitoral.

Foi um prejuízo político muito expressivo para a gestão Sarto.

Isso será percebido na corrida eleitoral.

 

Perde força tese do PSB contra o PT na cabeça de chapa

O líder do PSB-CE, senador Cid Gomes / Roque de Sá/Agência Senado

O experiente senador Cid Gomes (PSB) declarou, nos últimos dias, que não medirá esforços para manter a unidade do grupo político palaciano do qual faz parte.

Foi um gesto relevante, vindo de quem defende a tese segundo a qual o PT não deveria, automaticamente, ser cabeça de chapa na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.

Entretanto, o debate perdeu força, à medida em que o PT afunila a escolha do candidato e outros grupos se movimentam, de olho na vice.

 

Moro e as pré-candidaturas
Absolvido no Paraná, o senador Sérgio Moro (União Brasil) enfrentará recurso do processo, em Brasília, que poderá lhe render a perda do mandato.

Um ponto chama a atenção: o suposto abuso de poder político.

Por quê? Em 2022, ele se posicionou, inicialmente, pré-candidato a presidente da República e, ao final, disputou o Senado.

Ele teria tirado vantagem disso. Se a moda pega, um sem número de eleitos serão cassados.

É longuíssima a lista de políticos que se lançam ao Executivo e concorrem ao Legislativo.

 

Vá na fé
O governo Lula prepara campanha de comunicação, batizada de “Vá na Fé”, para tentar estancar a queda de popularidade entre evangélicos.

A histórica dificuldade nessa faixa eleitoral tem preocupado palacianos de Brasília.

O trocadilho também faz menção ao necessário sentimento de otimismo que todo governo precisa ter.

 

Direita fiel
O lulopetismo ensaia aproximação com o público evangélico à medida que o ano eleitoral avança.

Na prática, o governo procura minar o apoio maciço desses seguidores a candidaturas de centro-direita.

Em Fortaleza, a grande maioria dessa população divide apoio entre Capitão Wagner (UB), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo).

 

Apostar na juventude é estratégico

Gestores comemoram alcance do programa de bolsas / Marcos Moura/PMF

Considerado o agente que leva a decisão do voto para dentro de casa, o jovem é, cada vez mais, objeto do desejo político em disputas eleitorais.

Por esse ângulo, foi uma boa investida, da gestão José Sarto (PDT), a ampliação do programa de bolsas para essa fatia da população – inclusive, atletas.

Os benefícios ultrapassam R$ 20 milhões e alcançam 5.280 pessoas, nas modalidades Bolsa Jovem, Futuros da Rede Cuca, Bolsa Esporte, Juventude no Parque e Rede Juv.

Mais dois comentários: não é à toa que a gestão de ações voltadas a essa estratificação etária esteve, recentemente, em mesas de negociações partidárias.

Segundo ponto: as gestões passam e fica o importante legado das bolsas.

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