Experiente, o prefeito de Fortaleza, José Sarto Nogueira (PDT), vem intensificando as articulações para manter a governabilidade. O movimento acontece em meio a defecções de ex-aliados que, em meio ao tabuleiro que começa a ser montado para 2024, decidiram seguir outros rumos.
Sarto aponta na direção correta. Fazer política é ter grupo e saber com quem contar. Para o pedetista, é imprescindível manter – se possível, ampliar – a maioria na Câmara Municipal. Por dois motivos básicos: para além dos projetos para a Cidade que precisam do apoio da maioria, a segunda metade do mandato é sempre mais nervosa.
A propósito de disputa eleitoral, a oposição também se mexe. Nos últimos dias, membros mais à esquerda tem insistido na tese, frágil, de que o chefe do Executivo, ao abrir espaço para novos aliados, estaria indo em direção à direita. A leitura dos opositores é jogo jogado. Mas, na prática, Sarto está onde sempre esteve.
E é, exatamente, assim que vêm funcionando os governos de coalizão, em qualquer nível, nas últimas três ou mais décadas no Brasil. Na dúvida, pergunte a qualquer um dos que hoje tentam rotular o prefeito de Fortaleza os tipos de negociação que seus líderes maiores foram capazes de fazer.
Oposição tentará reedição do ‘nós contra eles’
Também experientes, setores da oposição à gestão pedetista na Capital conhecem o baralho que estará à mesa. Por isso tentam plantar a imagem de que Sarto estaria se movimentando rumo ao bolsonarismo. Faz parte do preparo de terreno. Para o PT, por exemplo, é estratégico que o adversário de 2024 tenha essa pecha. Significa que, nessa perspectiva, haverá uma tentativa de nacionalização da disputa eleitoral no ano que vem. É a tal da guerrilha de narrativas do “nós contra eles”.
Congresso vai passar o Pix?
O pacote fiscal do governo Lula é bem pensado do ponto de vista de mais investimentos, o que poderá tracionar a roda da economia nacional. Também é consistente nos gatilhos e travas para a manutenção da responsabilidade fiscal. O grade desafio, até aqui, será a ampliação das receitas, sem o que o arcabouço não se manterá de pé. Cálculos apontam para cerca de R$ 150 bilhões a mais. O Planalto diz saber onde está esse dinheiro. Resta aguardar se o Congresso Nacional, com setores refratários, vai passar o Pix.
Arthur Lira
O ainda todo-poderoso presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) acusou o golpe. O pepista tenta atrair para seu entorno deputados que, recentemente, formaram um blocão na Casa. Lá estão Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC, o que acabou rachando o Centrão – principal arma do deputado alagoano.
Rússia na ONU
Para espanto geral, a Rússia de Vladimir Putin assume a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O comado acontece por rodízio entre países com assento permanente – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Moscou ocupa parte da Ucrânia e o presidente russo é acusado em Haia por crimes de guerra.
Anistia a irregularidades com Fundão
Sem muito alarde, circula nos corredores do Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que zera toda e qualquer sanção a partido político que cometeu irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Eleitoral. Somente em 2022, as siglas receberam R$ 6 bilhões. A PEC é subscrita por 13 partidos e federações. Os maiores são o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 40 deputados apoiadores, e a federação liderada pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva, com 33. Em seguida, vêm o PSD (33), MDB (29), PP (17), Republicanos (15) e Podemos (8). O desfecho é uma incógnita. Como os parlamentares estão em início de mandato, a pressão popular tende a ser menor.
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