Na última sexta-feira (17), aqui foram analisadas as chances do pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), chegar ao provável segundo turno das eleições de outubro.
Em síntese, foi teorizado que o eleitorado de Fortaleza pode ser dividido em dois grandes blocos: centro-esquerda e centro-direita.
Na primeira raia estariam o prefeito e pré-candidato à reeleição, José Sarto (PDT), e o deputado estadual Evandro Leitão (PT).
O segundo espectro comportaria Wagner e os dois outros pré-candidatos à sucessão de Sarto: o deputado federal André Fernandes (PL) e o senador Eduardo Girão (Novo).
Por essa ótica, iria ou Sarto ou Evandro ao segundo turno, com um representante da centro-direita.
Leitores, colaboradores e pré-candidatos repercutiram a análise.
Um consultor político cravou: “O Capitão só vai para o segundo turno se unificar o campo dele. Senão é Evandro e Sarto”, sustentou.
“André Fernandes vai ter entre 17 e 21% dos votos”, diz a mesma fonte.
Por “unificar” leia-se União Brasil, PL e Novo conseguirem fechar um acordo, já no primeiro turno, e subirem no mesmo palanque.
O cenário é muito pouco provável, considerando-se os movimentos e últimas declarações dos pré-candidatos.
Nome do PL pode tirar Capitão Wagner do segundo turno?
A tese segundo a qual o pré-candidato bolsonarista André Fernandes poderá passar de 21% das intenções de voto mexe na gangorra para o segundo turno.
Capitão Wagner seria o mais prejudicado.
A questão é o nome do PL crescer, ao ponto de tirar o pré-candidato do UB da segunda rodada, mas ficar pelo caminho.
Nesse caso, teríamos a tempestade perfeita para petistas e pedetistas.
Ou seja, Sarto e Evandro na batalha final de outubro.
De onde virá o vice de Sarto
Fontes da coluna de pelo menos dois partidos próximos ao Paço Municipal dizem que o nome a candidato a vice-prefeito de José Sarto (PDT) poderá sair do PSDB ou do PP.
Entre tucanos, especula-se que a escolha poderia recair sobre uma mulher, atualmente em mandato.
Já entre progressistas, as conversas estão em compasso de espera.
As negociações estariam sendo tocadas, diretamente, com a cúpula nacional da legenda. Interlocutores locais aguardam posição do controlador pepista, Ciro Nogueira.
Cotas de gênero
A decisão do TSE, que tenta fechar o cerco aos partidos fraudadores da cota de gênero – mínimo de 30% de candidaturas efetivas e recursos para campanha –, é um avanço nesse marco legal.
Mas ainda é paliativo. A cultura política machista só vai recuar quando mulheres começarem a controlar os partidos políticos – onde começa o gargalo.
Sérgio Moro
As especulações que chegam de Brasília indicam que Sérgio Moro (União Brasil) seguirá no mandado de senador pelo Paraná.
Derrotado no TRE-PR, recorreu ao TSE. Moro é acusado de abuso de poder político e econômico na pré-campanha de 2022.
Mas o que pesa mesmo é ele ter sido garoto propaganda da operação Lava Jato.
O bom mote do deputado Danilo Forte
O deputado federal Danilo Forte (União Brasil) ganhou notoriedade nacional ao conseguir baixar o preço da gasolina e energia elétrica, entre outros produtos e serviços, via projeto que reduziu o ICMS.
O partido do parlamentar vai disputar várias prefeituras, inclusive a de Fortaleza. Eis um bom mote de campanha.
Enquanto adversários apontam um para o outro, acusando-se, mutuamente, de elevar a carga tributária, o União Brasil mostrou, na prática, que é possível fazer diferente.
Outro feito de Danilo, que relatou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, foi a destinação de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para levar a tecnologia 5G a comunidades carentes do Ceará.
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