Colunista

O Conselho de Segurança da ONU e o cartel mundial de armas – por Erivaldo Carvalho

Alta tecnologia está na base das atuais guerras / ANAS BABA / AFP

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é composto, atualmente, por 15 membros – dez rotativos e cinco permanentes. Estes últimos são: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.

Sabem quais são os países que mais fabricam e vendem armas no mundo? Estados Unidos, Rússia, França, Alemanha e China – nessa ordem. Juntos, representam 75% das exportações no setor.

Com exceção dos alemães, que substituem os ingleses na segunda lista, há uma espantosa similitude entre os dois grupos de nações.

Ou seja: quem manda na ONU – concedendo ou retirando licença para matar -, é quem mais fornece os meios.

Há algo ainda mais cruel: na média geral, essa avançadíssima área industrial – um dos pilares do PIB destes países -, mantém na prateleira produtos e protótipos que precisam ser, respectivamente, desovados e testados.

É isso o que – também -, explica inúmeros conflitos bélicos, simultâneos, em várias partes do mundo.

Para além da geopolítica, a guerra é uma feira global de exposição de tecnologias e munições – em cenários dantescamente reais de carne, osso e sangue humanos.

Especialistas dizem que o Conselho de Segurança da ONU existe para evitar a Terceira Guerra Mundial.

Bobagem. É um cartel de armas, com players de um mercado no qual vidas de pessoas interessam menos.

Mandato do Brasil no colegiado flerta com frustração

O ministro brasileiro Mauro Vieira / ANGELA WEISS / AFP

Ainda é cedo para dizer se o mandato do Brasil no Conselho de Segurança da ONU – encerrado esta semana -, ajudou ou atrapalhou as pretensões do País de se tornar membro permanente do colegiado.

Houve enorme esforço diplomático para se estabelecer cessar-fogo e construir corredores humanitários na guerra Israel x Hamas.

Na prática, frustrou. Multilateralismo é narrativa para quem não tem poder bélico, econômico ou de veto. Não é tão simples assim.

Déficit zero ou argentinização?
Fernando Haddad (Fazenda, PT) vem pisando em ovos, quando questionado sobre o prometido déficit zero, em 2024.

Nos últimos dias, Lula colocou a promessa em dúvida. Há um racha no Planalto.

Primeiramente, porque é cada vez mais difícil a identificação de receitas, para fazer frente às despesas com as quais o governo federal já se comprometeu.

Segundo e mais importante: a centro-esquerda brasileira consumista tem vocação para ser perdulária – nem que a argentinização do País esteja logo ali, dobrando a esquina.

Hidrolândia
O PT no Interior do Estado trabalha firme para ampliar a quantidade de prefeituras, em 2024.

Em Hidrolândia, por exemplo, o recém-eleito presidente municipal do partido, José Ivan Mororó, já aparece como uma das opções para a sucessão de Ires Martins (PDT).

Médico, ex-PSB, Ivan tem importante trunfo: é o pré-candidato menos rejeitado.

História
No 1º mandato na Assembleia Legislativa, a jovem deputada Juliana Lucena (PT) faz história nesta quarta-feira (1º), ao assumir a poderosa Primeira Secretaria – a super tesouraria – da Casa. Será a primeira mulher a ocupar o posto.

O titular, deputado Danniel Oliveira (MDB), tirou licença de 120 dias. “Responsabilidade e honra”, diz Juliana.

Sobre escolhas políticas

Leo Couto foi entrevistado na TV Otimista / Divulgação

Nas eleições estaduais de 2022, ele protagonizou movimentos arriscados e contrariou a então cúpula de seu partido, o PSB.

Hoje, é um dos políticos mais próximos do senador Cid Gomes (PDT), ministro Camilo Santana e governador Elmano de Freitas – os dois últimos do PT.

Estes e outros pontos foram detalhados pelo personagem do episódio, vereador Leo Couto, em entrevista ao programa Política, da TV Otimista.

Ex-aliado da gestão José Sarto (PDT), o herdeiro familiar de cadeira na Câmara Municipal de Fortaleza enfatizou a atuação do Palácio da Abolição na Capital e destacou ações nas áreas governamentais e projetos em parceria com a iniciativa privada.

 

 

 

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