Colunista

O Brasil independente, 201 anos depois – por Erivaldo Carvalho

O Pavilhão Nacional, um dos símbolos do País / EBC Arquivo

Há uma natural expectativa de como será o primeiro 7 de Setembro pós-Bolsonaro. Manifestações de rua ou pelas redes são aguardadas – e monitoradas. O momento também não deverá passar despercebido por governistas.

Também é inevitável o exercício elucubrativo de como chegamos até aqui, mais de dois séculos depois do suposto “grito do Ipiranga”. Isso mesmo. No Brasil, como já disseram, o futuro é duvidoso e o passado é incerto.

A propósito, o processo de separação do Brasil de Portugal foi animado. Houve resistência, revoltas e herança maldita – provavelmente, a primeira – na forma de dívida financeira, como indenização.

Mas cá estamos. Nestes 201 anos, foram diversos ciclos econômicos, vários golpes de Estado, mais de meia dúzia de constituições, inúmeros modelos administrativos e regimes políticos variados.

Um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil segue com um terço da população passando fome; no país da desigualdade, a listas de bilionários chama a atenção.

Somos ricos, culturalmente, e desumanos em direitos humanos; temos a maior biodiversidade do planeta, sem saber muito bem o que fazer com ela; somos um país que precisa aprender com os próprios erros.

Atentados, teorias da conspiração e muitas narrativas

Tancredo Neves morreu em 1985 / EBC/Arquivo

Na história do Brasil não faltam episódios marcantes. Para ficarmos apenas no último século, o assassinato de João Pessoa, em 1930, pavimentou o caminho de Getúlio Vargas ao poder; o acidente que matou Juscelino Kubitschek, em 1976, teria sido provocado pelos militares; a teoria da conspiração também é forte na morte de Tancredo Neves, em 1985; a tentativa de homicídio de Jair Bolsonaro, em 2018, também rende polêmica. Haja narrativas.

A história é filha de seu tempo

Como se o Estado do Ceará não tivesse graves e urgentes desafios – fome e dívidas, por exemplo -, eis que o mausoléu anexado ao Palácio da Abolição foi para o topo da pauta política.

O governo Elmano de Freitas (PT), sob o argumento de que o ex-presidente Castello Branco, a quem o monumento é dedicado, apoiou a ditadura militar (1964-85), quer removê-lo.

É um despautério. Memória, qualquer que seja, é o que nos faz lembrar o que fomos e somos, para forjar o que queremos ser. A história é filha de seu tempo. Respeitemo-la.

Pescado
Com o objetivo de impulsionar o consumo de peixe e frutos do mar no varejo e food service brasileiro, será lançada, em Fortaleza, a Semana do Pescado. A iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura está na 20ª edição. Vai até próximo dia 15.

O ato partirá do Espigão da Beira Mar, na Desembargador Moreira, até o Mercado dos Peixes. Nesta quarta (6), às 17h.

Até 2028
Para unificar os períodos eleitorais e acabar com a reeleição, os atuais mandatos de presidente da República, governadores estaduais, senadores e deputados deveriam ser prolongados até 2028.

A ideia é do deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT). As eleições de 2024, com escolha de prefeitos e vereadores, estariam mantidas.

Danilo: por mais apoio para o Nordeste

Deputado foi recebido na Casa da Indústria nesta terça / fiec/divulgação

Parte expressiva do PIB cearense esteve na sede da Fiec, nesta terça-feira (5), para debater incentivos fiscais.

Convidado, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024, o combativo deputado federal Danilo Forte (União Brasil) abordou matérias que tramitam no Congresso Nacional sobre a pauta.

À coluna, Danilo disse que o Nordeste precisa se mobilizar, para defender a própria região.

Para o parlamentar, há um grande crédito político com o atual governo, que poderia ser convertido em mais apoio e subsídio à indústria regional, para gerar mais competitividade.

“Para isso, precisamos de um diferencial, em níveis nacional e internacional, para gerar emprego e desenvolvimento”, afirmou.

 

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