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Na briga Musk x Moraes, ambos cometem desinformação – por Erivaldo Carvalho

Presidente do TSE preside inquérito das fake news / Marcos Oliveira/Agência Senado

A crescente tensão envolvendo o dono do X, ministro do STF, lulistas, bolsonaristas e grande parte da globosfera é bem típica dos atuais e desafiantes tempos.

As provocações de Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes jogou mais combustível na já inflamada discussão mundial sobre a regulamentação das redes sociais.

O presidente do TSE parece ter mordido a isca do multibilionário. O governo Lula, idem. A oposição está no seu papel: batendo tambor.

Pilhado, Moraes mandou inserir o sul-africano no inquérito das fake news, sob o comando dele, no Supremo Tribunal Federal.

A dimensão da polêmica puxou para o epicentro da discussão a sempre questionada legitimidade de Moraes em conduzir o inquérito das fake news no Supremo.

Para lembrar, Moraes é presidente, parte e juiz do processo – sobre o qual há severas dúvidas sobre sua legalidade.

Não se sabe, ao certo, sequer os nomes de todos que são citados nos autos. Há quem chame isso de censura.

Do outro lado, Musk, famoso pelas bravatas com que conduz seus negócios, está cometendo inverdades e comentando sobre o que não entende.

No final das contas, Moraes e Musk estão produzindo desinformação – e, com o engajamento das bolhas extremadas, expondo o Brasil a mais um vexame.

Uma resposta para “Na briga Musk x Moraes, ambos cometem desinformação – por Erivaldo Carvalho”

  1. Caro Erivaldo, tudo bem?

    Os desgastes de relacionamento entre os Poderes e entre estes e a sociedade, é sabido que são decorrentes, fundamentalmente, de uma sociedade mais politizada, exigente e muito assídua em redes sociais; isto tem provocado discussões acirradas, levado à intolerância e à extrapolação de direitos e deveres. Entretanto, o quê mais tem provocado discussão é a liberdade de expressão que a nossa CF dá amparo irrestrito, sem direito ao anonimato.

    O Juiz Alexandre de Moraes, não sei se por vaidade ou por simples desejo de contrariar e/ou enfrentar, tem desrespeitado a CF em vários atos, com a aquiescência do colegiado do STF e certo silêncio do Senado Federal, tudo em nome da defesa das Instituições e dos agentes públicos, e em respeito ao Estado Democrático de Direito.

    Entretanto, a maioria do povo brasileiro vê a liberdade de expressão sendo relativizada pondo freio nas pessoas; por outro lado, vê um STF legislando, juízes se pronunciando fora dos autos, politizando seus atos, e pondo o povo abaixo do Estado.

    A nossa democracia é jovem, mas adulta suficiente para suscitar demandas provocadoras. Podar as necessidades básicas de uma sociedade não é a melhor estratégia, seja ela (sociedade) de qualquer ideologia política.

    Que Deus ilumine as nossa autoridades constituídas!

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