Colunista

Eleição em capitais é decidida nas periferias – por Erivaldo Carvalho

Na periferia, acontece uma espécie de campanha paralela / CMFor/Divulgação

Um dos países mais desiguais do mundo, em termos socioeconômicos, o Brasil mora, em grande parte, na periferia das grandes cidades.

Por isso mesmo, em períodos eleitorais, estrategistas costumam elevar grandes massas residentes em áreas paupérrimas a protagonistas de primeiro plano.

Todos sabem que é nos rincões dos bairros carentes e populosos, longe das ditas áreas nobres, onde está o grosso do eleitorado.

É lá onde se dão as verdadeiras batalhas pelo tudo ou nada, da vitória ou da derrota nas urnas. É matar ou morrer, politicamente.

Neste 2024, Fortaleza, quarta capital do País, viverá, mais uma vez, essa intensa luta, por corações, mentes e votos.

Nestes gigantescos aglomerados humanos, haverá uma espécie de campanha paralela, muito diferente dos conteúdos modorrentos de rádio e TV e do frisson da internet.

Em cenários do tipo, reuniões com lideranças de bairro, promessas e acordos são lugar-comum. Listas de endereço, nomes e envelopes viram mercadoria de primeira necessidade.

Tudo isso, operado por profissionais do ramo, que entram de cabeça, com muito dinheiro, estrutura e outros tipos de apoio.

Via de regra e por óbvio, quase tudo acontece distante dos olhos e dos ouvidos da imprensa e das autoridades que cuidam do pleito.

Obrismo perde força; “cuidar das pessoas” é tendência

Cidades estão mudando referências / PMF/Divulgação

Exibir um grande portfólio de obras parece estar perdendo força em disputas eleitorais.

Mesmo assim, à gestão, claro, cabe destacar os feitos. No caso de Fortaleza, o prefeito Sarto irá para o desafio de comunicar que trabalha em toda a Capital.

Mas precisa ir além. A grande tendência é a qualificação dos serviços em saúde, educação, meio ambiente, cultura e empreendedorismo, entre outros itens que atendem ao bordão “cuidar da cidade e das pessoas”.

Está tudo como dantes
Quem não lembra da pesada artilharia verbal do PT, quando a Polícia Federal escacaviava as traquinagens do governo Lula?

Segundo os alvos da época, tudo não passava de perseguição política.

No poder, Bolsonaro e sua turma defendiam a atuação institucional da PF e, claro, negava interferência no órgão.

Agora, aparentemente enrolada com arapongagem na Abin, a família Bolsonaro usa o mesmíssimo argumento adotado pelos adversários.

Ou seja, “está tudo como dantes no quartel de Abrantes”.

Mais educação
A juventude do Grande Bom Jardim, em Fortaleza, ganhou um forte aliado do governo Elmano de Freitas, com o anúncio da nova sede da Escola de Ensino Médio Paulo Elpídio.

Com tamanho, qualidade de ensino e alcance invejáveis, o equipamento poderá significar mais oportunidades de futuro e proteção de jovens contra o assédio da criminalidade.

Corrupção
É preocupante a informação de que o Brasil perdeu dez posições no ranking de percepção da corrupção. Estamos abaixo da média mundial e da OCDE/G20. Os dados são de 2023.

É o que diz a Transparência Internacional, que complementa: o combate ao problema ocorre sob três pilares: judicial, político e social. Simples.

Em Maranguape, PSD vai de Lucílvio

Pré-candidato é médico e deputado estadual / Edson Júnior Pio/Divulgação

“O objetivo é fazer diferente não só no social, na saúde, na educação, mas na infraestrutura e demais setores”.

Com estes compromissos, o deputado estadual Lucílvio Girão (PSD) foi lançado pelo partido à Prefeitura de Maranguape.

Veterano na política, o médico Lucílvio é profundo conhecedor dos desafios e potenciais do município da Região Metropolitana. O anúncio foi feito nas redes sociais.

Trata-se de uma boa opção oferecida aos maranguapenses pelo grupo político liderado no Estado pelo ex-vice-governador Domingos Filho.

Lucílvio vai, no mínimo, animar o debate político local, que tem o prefeito Átila Câmara (PSB) como pré-candidato à reeleição – além de outras forças políticas.

 

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