Colunista

Como no governo Elmano, maiores gargalos de Lula estão na economia – por Erivaldo Carvalho

Petista depende de performance acima da média / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Constatação cristalizada em manuais, consultorias e crônicas políticas, fatores econômicos são pai e mãe de quase tudo o que acontece no jogo do poder. De guerras a eleições democráticas; de ascensão de impérios a derrotas vexatórias nas urnas.

As cinco vitórias presidenciais do PT – três de Luiz Inácio Lula da Silva e duas de Dilma Rousseff, inclusive, o impeachment da então mandatária – só reforçam a tese.

Isso significa que, mais uma vez, o petista depende, como qualquer outro governo, em qualquer outro tempo, de uma performance acima da média do governo anterior e próximo do que prometera na campanha. Mesmo que, neste último aspecto, tenha havido um recorte histórico seletivo.

As contas públicas nacionais estão desarrumadas; o governo começou furando o teto de gastos fiscais; a inflação ameaça degringolar; os juros estão altos; há muita pressão por investimentos. Lá fora, a brisa está um mormaço.

A situação espelha o governo Elmano de Freitas (PT). Não é um bom sinal debutar no mandato tendo de aumentar impostos e fazer empréstimo para pagar dívidas;

Os dois petistas também têm desafios políticos? Claro. Mas, muitos deles seriam facilmente resolvidos, se os cofres estivessem em seus melhores dias.

Prejuízos por falta de debate tardam, mas sempre vêm

Não debater é decidir no escuro / Fernando Frazão/Agência Brasil

É legítimo, desde que dentro das regras, haver ou não debate político. Isso vale para campanhas eleitorais – em que líderes nas pesquisas fogem do embate -, e para governos já instalados. Em ambos os casos, ninguém quer se expor aos naturais ataques e desgastes, respectivamente. Mas, há riscos que, embora tardiamente, costuram aparecer. Na disputa, nem sempre quem puxa a fila de candidatos chega lá. Na gestão, o silêncio não quer dizer apoio.

PDT será alvo do PT-CE em 2024
A recente declaração do controlador do PT no Ceará, deputado federal José Nobre Guimarães, de que o partido quer chegar a 50 dos 184 prefeitos no Estado, fez muitos líderes correrem para a prancheta. O petismo alencarino já passou o PSD, então 2º força política pós-2020, e hoje figura como segundo maior número de gestões locais. O PDT ainda lidera o ranking. Significa, por óbvio, que o pedetismo deverá ser o alvo preferencial do PT nas próximas eleições municipais. Se não está, isso deveria entrar nos cálculos da relação PDT-PT.

Posse de Acrísio
Ex-deputado estadual, o historiador Acrísio Sena (PT) toma posse, nesta quarta-feira (1º) do cargo de presidente do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec). Vocacionado para a área, Acrísio tem grande potencial no posto – além de ser próximo e de confiança da cúpula do Palácio da Abolição. Auditório da Secitece, às 15h.

Ritmo puxado
O Brasil ainda não entrou no terceiro mês do ano e já retomamos a rotina alucinante de fatos graves que se sucedem. Ainda no vácuo dos atos do 8 de janeiro, em Brasília, veio a crise humanitária dos Yanomami, no Norte do País. Mais recentemente, a tragédia das enchentes e mortes, na região Sudeste – esta última, a única crise ainda não politizada.

Voto feminino e mulheres históricas

Deputada Jô Farias (PT) é a autora do requerimento/José Leomar/Divulgação

A Assembleia Legislativa do Ceará promove sessão solene, nesta segunda-feira (27), para celebrar os 91 anos do direito ao voto feminino no País. Trata-se de uma célebre conquista, digna de destaque na intrigante linha do tempo política deste pedaço do mundo chamado Brasil. Naquele 1932, corria o governo de Getúlio Vargas – quando também foram instituídos o Código Eleitoral e a Justiça Eleitoral. Da lavra da deputada Jô Farias (PT), a sessão solene deste ano na Alece homenageia mulheres que deram seu quinhão. Entre elas, duas Marias e uma Rosa: a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, Maria da Penha e a ex-vereadora de Fortaleza, Rosa da Fonseca (in memoriam). Às 14h, no Plenário 13 de Maio.

 

Uma resposta para “Como no governo Elmano, maiores gargalos de Lula estão na economia – por Erivaldo Carvalho”

  1. Texto claro , com informação e reflexão. Sem a famigerada intenção de quer “fazer a cabeça:.
    Um exemplo para a imprensa nacional.
    O nome disso é respeito ao leitor honestidade profissional.
    Parabéns!

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