Política

União Brasil: prós e contras da fusão DEM-PSL

Eis que temos o já considerado maior bloco político da Câmara dos Deputados, em vias de virar partido, quando for oficializado pela Justiça Eleitoral. Algumas considerações – primeiramente, as positivas: a fusão entre DEM e PSL mostra, grosso modo, que as duas siglas tinham mais convergências do que divergências; a futura agremiação abrigará muitos dos mais importantes personagens da atual política brasileira – com opções presidenciáveis, inclusive; há um projeto de poder, nacional e regional, mais ou menos definido na cúpula do grupo; pelo tamanho, terá dinheiro a rodo para bancar candidaturas e o nome “União Brasil” é um presente para os marqueteiros.

Mas há alguns senões. A mera exibição de uma grande bancada fará do agrupamento um grande partido? O que a sigla apresenta para os principais gargalos do País? Há, efetivamente, um pensamento e um projeto de desenvolvimento nacional? Já tivemos várias bancadas gigantescas no Congresso que não passaram disso. Nunca chegaram ao Palácio do Planalto. Outra: o gigantismo arreganhou os olhos e os bolsos de muita gente. A disputa por controle regional, já em curso, pode atrapalhar, inclusive. Finalmente: há vários nomes à sucessão presidencial? Então é porque não há “o” nome. Assim, qual será a estratégia para tentar quebrar a polarização Bolsonaro-Lula?

A cobrança de Danilo
O Brasil poderia retomar a economia a passos largos. Exemplo: nesta quinta-feira (7), o Congresso Nacional adiou a votação de vetos presidenciais à MP 1016/21 que prevê renegociação de dívidas com os fundos constitucionais do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro Oeste (FCO). Com a pandemia, a situação foi agravada. Atento, o deputado Danilo Forte (PSDB-CE) cobrou a votação. O parlamentar argumenta que pequenos empresários e produtores aguardam a regulamentação da matéria para renegociação das dívidas e retomada de atividades. Simples.

A fila de Evandro
Todo presidente de Legislativo é da linha de sucessão no Executivo. É assim na letra da lei. Evandro Leitão que o diga. O pedetista está numa seletíssima lista para sair candidato à sucessão de Camilo. Na cotação do dia, o dirigente da AL-CE vem logo atrás de Izolda Cela e Cid Gomes – com a diferença de que, nessa sequência, é a política, não a lei, que define o lugar na fila.

A homenagem de Sérgio
Nem sempre compreendido em suas atribuições, o vereador é a ponta de capilaridade do poder institucional em uma comunidade – quer seja no micromundo do bairro ou na escala da cidade. Para homenagear essa espécie de ouvidor social, a Assembleia Legislativa faz sessão solene nesta sexta. A iniciativa é do ex-vereador de Camocim e municipalista, deputado Sérgio Aguiar (PDT)

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