Política

Planejamento estratégico em campanhas eleitorais

Erivaldo Carvalho
erivaldo@ootimista.com.br

Cada vez mais profissionalizadas, campanhas eleitorais dependem, na mesma proporção, de planejamento, com períodos muito bem definidos, nos quais estão determinados os resultados previstos e as metas a bater. Ter ou não essa estrutura é mais ou menos a diferença entre ter futuro ou destino. Com a chegada do ano eleitoral, é hora de revisar o que já foi feito até aqui, repassar o check list do que vem nas próximas semanas e, principalmente, renovar a disposição física. Tais premissas valem, sobretudo, para a corrida a deputado federal, estadual e a majoritária da oposição. Isso porque a eleição de quem está no Executivo funciona sob outra lógica. Sabemos disso.

Na média geral entre estrategistas políticos, é pacífica a ideia de que uma campanha, com razoável potencial, assenta-se no tripé político, jurídico e comunicacional. Rapidamente: o primeiro item, por óbvio, diz respeito ao partido e suas variáveis, em termos de tamanho, capilaridade, reputação, negociações, acordos e demais nomes que entrarão na briga eleitoral. Muitos tentarão chegar lá, mas o máximo que conseguirão será amealhar votos para correligionários mais votados. O lado jurídico vai da situação formal do partido, junto à Justiça Eleitoral, aos aspectos da candidatura, propriamente, assim como a eventuais embates com adversários – dentro e fora da sigla.

O peso da comunicação
Comunicação de campanhas eleitorais é um caso à parte. Não é fácil construir, melhorar e massificar perfis políticos. Quando jovens, a maioria dos candidatos pensa que um celular à mão é o suficiente para acessar o eleitorado e converter votos. Já os experimentados costumam confiar mais no empirismo do que no profissionalismo. Em todo o caso, importa pouco se a equipe tem traquejo político e bons advogados eleitorais. Sem a retaguarda da comunicação, não chegará muito longe.

Fora da vitrine
A saída antecipada de pré-candidatos do Governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza vai mexer com a corrida proporcional de outubro. O limite do prazo legal é o dia 2 de abril. Portanto, somente daqui a três meses. Faz muita diferença estar no governo, falando em nome do mesmo e na vitrine que o cargo proporciona, às vésperas de pedido de voto. Os demais concorrentes agradecem.

Fevereiro é logo ali
Daqui a um mês, no retorno aos trabalhos do Judiciário, o ministro Edson Fachin (STF/TSE) deverá homologar a criação do União Brasil. A decisão diz respeito, diretamente, à sucessão estadual no Ceará. Não havendo nenhum cavalo de pau nos rumos das conversas, a sigla será comandada por Capitão Wagner (atual Pros). Não custa repetir: será o maior e mais endinheirado partido do País.

 

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