Colunista

O fator Bolsonaro na disputa de Fortaleza – por Erivaldo Carvalho

André Fernandes (e) foi lançado à Prefeitura da Capital / Reprodução do Instagram

A visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Fortaleza, nesta quinta-feira (11), foi, até aqui, o maior ato de pré-campanha pela sucessão do prefeito e pré-candidato à reeleição, José Sarto (PDT).

Em meio à multidão e barulho, a direita foi fiel ao estilo e acertou no formato de lançamento do deputado federal André Fernandes (PL) ao Paço Municipal.

Mas a presença do ex-mandatário na Capital do Ceará vai além do apoio ao intrépido pimpolho bolsonarista.

O líder da direita nacional é um ser de adoração ou repulsa. Com ele não há meio-termo. Todos têm convicção ao defendê-lo ou atacá-lo.

Isso, certamente, repercutirá na cabeça do eleitor, ao longo da campanha, com reflexos positivos e negativos, tanto para André quanto para outros personagens da disputa pelo Paço Municipal.

Exemplo: pela primeira vez, o pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil) não será votado por bolsonaristas.

Por outro lado, o ex-deputado federal não passará pelo desconforto de ser associado ao polêmico personagem.

Há, também, a pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo), de perfil bolsonarista, disputando voto na mesma raia de André.

Ao serem para-raios do bolsonarismo em Fortaleza, André e Girão podem empurrar Wagner para a centro-direita.

O resultado dessa dinâmica e como isso vai impactar os palanques do PDT e do PT somente a campanha mostrará.

 

O próximo desafio do PT em Fortaleza

Costurar unidade será imprescindível para partido / Reprodução

A poeira ainda não baixou no PT de Fortaleza, quase uma semana depois da escolha dos delegados que apontarão o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza.

Nos bastidores, há muito esforço para que as demais chapas e pré-candidatos apoiem Evandro Leitão, o grande vencedor do último domingo (7).

Mas não está sendo fácil. Previsivelmente, há muitas queixas e decepções políticas.

Existe, inclusive, o temor de que o climão compareça à campanha eleitoral.

No próximo dia 21, no encontro do PT, teremos uma ideia mais clara do desfecho e seus desdobramentos.

Mas algo já parece claro: é um cenário periclitante entrar numa campanha que promete ser dura sem razoável unidade.

 

ICMS 1
O PDT-CE resolveu mesmo comprar a briga em torno do aumento de ICMS.

O partido entrou no STF com ação contra a nova alíquota, de 20% – antes era 18%. A polêmica divide opiniões.

De um lado, a iniciativa é simpática. Com exceção de governos, ninguém gosta de imposto.

Do outro, há no ar cheiro de oportunismo político. Mas é jogo jogado.

 

ICMS 2
Defensor do comércio, o deputado federal Luiz Gastão (PSD) acerta ao se posicionar contra isenção de ICMS para produtos importados até US$ 50 – mais de R$ 250,00.

Como ele diz, um mercado inundado por mercadorias de baixo custo e qualidade inibe a criatividade e o desenvolvimento locais.

E afeta, diretamente, os cofres públicos, acrescente-se.

 

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