Política

Estado fica na posição máxima de excelência

Pelo andar da carruagem, ao menos três acontecimentos no plano nacional poderão impactar a disputa eleitoral no Ceará: a filiação do presidente Bolsonaro (sem partido) ao PL; a pré-candidatura do MDB ao Palácio do Planalto; e o crescimento de Sergio Moro nas intenções de voto para 2022. Começando pela mais nova aquisição do PL nacional, prevista para esta terça-feira, 30: é dado como certo que o partido no Estado – hoje na órbita do Palácio da Abolição –, terá de mudar sua orientação política, afastando-se do governo comandado pelo PT. Outra opção é os liberais cearenses saírem do PL. Ao longo dos próximos meses, portanto, será esse o dilema.

O lançamento da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à sucessão de Bolsonaro merece um comentário prévio: o anúncio feito pelo presidente nacional da agremiação, Baleia Rossi (SP), é para ser levado a sério? Não seria somente para ganhar visibilidade? Não pela pré-candidata em si, bem acima da média do Senado e do partido e que já demonstrou, mais de uma vez, estar à altura do desafio. A questão é o MDB de Tebet que, há tempos sem um projeto de nação, sobrevive das circunstâncias do poder. Mas, considerando que haverá a candidatura, teremos reflexos no Ceará, onde o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira, se movimenta para voltar a Brasília.

União Brasil pode apoiar Moro
A tese acima começou a ser ventilada na medida em que o ex-garoto propaganda da Lava Jato – e do governo Bolsonaro –, começou a aparecer no radar das pesquisas de intenções de voto. Além disso, o ex-juiz federal circula no espectro da direita e ultradireita – representadas, respectivamente, pelo DEM e PSL, que se transformarão no União Brasil. Significa que a relação Moro com UB dando liga, no Ceará o partido deverá seguir outros caminhos, distantes dos planos governistas. Atualmente, uma guerrilha de bastidores é travada pelo controle da sigla no Estado.

Menos segredo
É inacreditável a postura do Congresso Nacional diante do escândalo em que se transformou o famigerado “orçamento secreto” – as tais emendas do relator, em que não se sabe através de quem nem para onde vai o dinheiro do contribuinte. No bom português, é uso de dinheiro público para cooptar apoio nas duas casas legislativas. Uma espécie de mensalão vitaminado e bilionário.

Mais transparência
O STF quer acabar com a pilhagem oficial. Mas Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado) querem a máxima “quem roubou não roube mais” e dar transparência somente daqui para frente. Absurdo. Como diz o deputado Danilo Forte (PSDB), que foi às redes publicizar suas emendas, é curioso congressista querer esconder o caminho das verbas, quando geralmente é o contrário.

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