Política

Candidatura de Moro pode impactar oposição no Ceará

A entrada do ex-juiz Sergio Moro na corrida presidencial, em 2022, pode ter impacto nos rumos da oposição ao grupo político hegemônico no Ceará, liderado pelo presidenciável Ciro Gomes e seu irmão, o senador Cid Gomes, ambos do PDT. O grupo, que está no poder deste 2006, lidera uma ampla coalizão que inclui a ala do PT ligada ao governador Camilo Santana, boa parte da bancada cearense no Congresso, a maioria dos deputados estaduais e mais de uma centena de prefeitos e seus vereadores.

Não será fácil derrotar um grupo desse tamanho. Até agora, o único político disposto a encarar esse desafio é o deputado federal Capitão Wagner (Pros), incensado pelo bom desempenho na campanha para a prefeitura de Fortaleza, apesar da derrota para o pedetista José Sarto, o atual prefeito. Wagner tem o apoio declarado de outro capitão, o presidente Jair Bolsonaro, a caminho do PL, que conta com um palanque no Ceará, onde Ciro e Lula têm historicamente ótimas votações.

A candidatura presidencial de Moro cria um cenário incerto. Aliado de primeira hora de Wagner, o senador Eduardo Girão é o principal nome do Podemos, no Ceará. Por óbvio, será dele a missão de montar o palanque do ex-juiz no Estado. Para complicar, Moro já sinalizou que vai fazer campanha batendo principalmente em Bolsonaro. E aí? A saída mais lógica é Wagner se aliar a Girão, dispensar o apoio de Bolsonaro e apoiar Moro. Mas não é tão simples assim. Wagner ainda não sabe nem em que partido estará. Afinal, a ida dele para o PSL ficou incerta com a fusão da legenda com o DEM e a criação do União Brasil. Vai ser interessante observar como a oposição irá desatar esse nó.

Carreira meteórica
Evandro Leitão (PDT) dá mais uma prova de vocação para a vida política, ao ser escolhido vice-presidente do Colegiado de Presidentes das Casas Legislativas do Brasil, em eleição aconteceu durante a 24ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), na última quinta-feira (25), em Campo Grande-MS. Nada mal para quem foi líder do governo logo no primeiro mandato, e no segundo já assumiu a presidência da Assembleia Legislativa. Não à toa, Evandro figura entre os nomes do PDT para a sucessão de Camilo Santana.

Corujão da saúde
Para tentar acelerar e até mesmo salvar vidas de milhares de pessoas que estão na fila de espera para exames, a vereadora Priscila Costa (PSC) apresentou projeto de indicação do Corujão da Saúde. A ideia é zerar a fila de exames na Capital com a implantação de convênio com hospitais e clínicas das redes pública, particular e filantrópica, para que estas ofereçam atendimento em horários alternativos, preferencialmente entre 18h00min e meia-noite. “Especialmente por conta da pandemia, muitos fortalezenses se encontram com exames médicos atrasados, algumas vezes chegando a espera a ser de anos”, justifica.

Não à violência
É de autoria da deputada Aderlânia Noronha a lei que cria a Semana Estadual pela Não Violência Contra a Mulher. A instituição da semana se junta à campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma mobilização mundial instituída em 1991 e celebrada anualmente a partir de cada dia 25 de novembro, alcançando já 160 países. As atividades se estendem até o dia 10 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Aderlânia enfatiza que enfrentar a violência contra a mulher requer mudanças culturais profundas. “Exige, sobretudo, reflexão sistemática sobre os enormes prejuízos decorrentes de séculos de práticas patriarcais, que contribuíram para a fragilização do lugar da mulher no mundo como sujeito social”.

“A política não pode ser criminalizada. É a única maneira que temos para mudar a realidade, para mudar aquilo que se acha problemático na sociedade. As soluções têm que aparecer dentro do processo político. A única maneira de melhorar a vida dos brasileiros é participando da política.”

SANTOS CRUZ, ex-ministro de Governo de Bolsonaro, em solenidade de filiação ao Podemos. O general da reserva disse ainda que não representa o Exército e não confirmou se será candidato a algum cargo em 2022

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