Política

Após embates na CPI da Covid, senadores se preparam para batalhas eleitorais em 2022

Senadores que integram comissão: maioria sairá candidato / Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os capítulos finais da CPI da Covid, cujo relatório final deve ser apresentado nesta segunda-feira (18), devem marcar o apagar dos holofotes para membros da comissão e virar a chave para as duras batalhas que os senadores devem enfrentar na eleição do próximo ano.

Dos 11 titulares da CPI da Covid, 8 serão candidatos em 2022. Dois deles disputam a reeleição. Outros seis, em meio de mandato, miram voos mais altos: são pré-candidatos a governador.

Entre os que vão concorrer à reeleição está o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD). Ele disputará um novo mandato no Senado em situação adversa, cenário oposto ao de 2014, quando foi eleito com forte respaldo popular após cinco anos como governador do Amazonas.

Também amazonense, o ex-governador e membro do colegiado, Eduardo Braga (MDB) tentará retornar ao Executivo estadual.

Dentre os demais membros da CPI, além de Aziz, apenas o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, também concorrerá à reeleição em 2022. Mas este tende a ter um caminho de menos percalços.

Outros cinco membros da CPI estão em meio de mandato e devem ser candidatos a governador.

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede) será candidato ao Governo do Amapá. Com atuação de destaque na comissão, onde protagonizou duras críticas ao governo Bolsonaro, o senador passou a ser assediado pelo PDT.

Linha de defesa
Dentre os 4 senadores da CPI da Covid alinhados a Bolsonaro, 2 se destacam pela defesa enfática do presidente na comissão e ganharam pontos com o Planalto.

Pré-candidato ao Governo de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) protagonizou discussões ásperas com o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O cenário é parecido em Rondônia, estado com viés bolsonarista que viu o senador Marcos Rogério (DEM) se tornar o líder da tropa de choque do presidente na CPI. Ele avalia ser candidato a governador.

Também são pré-candidatos aos governos de seus estados os senadores Eduardo Girão (Podemos), do Ceará, e Luis Carlos Heinze (PP), no Rio Grande do Sul.

Ceará
Eduardo Girão, pré-candidato ao governo do Ceará, afirma ter posição de independência, mas atuou alinhado a Bolsonaro na CPI.

Seu principal entrave é a pré-candidatura ao governo do deputado federal Capitão Wagner (Pros), que tem a simpatia do presidente e maior aproximação com os bolsonaristas do estado.

O outro cearense membro da CPI da Covid, senador Tasso Jereissati (PSDB), não deve concorrer a cargos eletivos em 2022. Ele deve deixar a política após 36 anos. (da Folhapress)

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