Todo ano, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico chegam ao mar segundo programa das Nações Unidas
Carolina Mesquita
carolina@ootimista.com.br
É consenso que a poluição marinha é um problema sério e que precisa ser combatido. Na prática, entretanto, o ser humano não costuma pensar muito a respeito, comportamento explicado, em parte, porque não é algo visto diariamente ou que causa intercorrências diretamente.
Esse problema “invisível”, no entanto, é gigantesco. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estima que cerca de 8 milhões de toneladas de plástico chega aos oceanos todos os anos. O volume equivale a um caminhão de lixo despejado no mar por minuto.
Segundo informações do Pnuma, a primeira versão do futuro tratado internacional contra a poluição pelo uso de plásticos deve ser finalizada até o fim de 2024. O documento refletirá a ampla gama de ambições dos 175 países participantes.
Um dos pontos é a brecha entre os que defendem a redução da produção de polímeros básicos e quem quer reúso e na reciclagem. A chefe do programa ONU Meio Ambiente, Inger Andersen, pede que se aja em “toda a cadeia”, sobretudo nos produtos de consumo.
“Há soluções diferentes. Mas acredito que todo mundo reconheça que o status quo simplesmente não é uma opção”, afirma Andersen. Ela reforça o combate à poluição em grande escala de todas as frentes possíveis.
O ativista ambiental e idealizador do coletivo socioambiental Nossa Iracema, André Comaru, esclarece, diferente do que se imagina, o plástico visível não é o único vilão. Ele explica que este é um material que não se decompõe completamente e vira o chamado microplástico, que pode estar presente na corrente sanguínea, no leite materno e até mesmo no ar.
“O plástico é uma ferramenta muito eficiente de destruição de ecossistemas, das belezas naturais, da vida no planeta. O microplástico hoje está dentro de toda a nossa vida e eu acho que a gente está plastificando nossa vida. Isso é um grande problema, porque é um item feito de petróleo, com muitos químicos e cancerígeno”, alerta.
Comaru acrescenta que o plástico de uso único é ainda mais letal por ser descartado diariamente. Ele pontua que é necessária uma mudança de hábitos da humanidade para abolir esse tipo de material.
“Eu sou surfista e eu sei que, quando volto do surfe, eu quero comer um açaí. O açaí da tia vem em um prato descartável, com uma colher descartável. Então, quando eu saio, dentro da minha mochila tem a minha caneca, a minha colher de metal. Eu chego lá na barraquinha e ela coloca o meu açaí na minha própria louça”, conta. “Então, o reúso passa a se tornar um hábito”, acrescenta.
Iniciativa
O Grupo Otimista de Comunicação promove no próximo domingo (03) a 5ª edição da Praia Limpa Otimista. A ação de limpeza de praia contará com uma programação gratuita de shows musicais numa tarde/noite que se encerra ao som de Dudu Nobre. Ainda se apresentam no palco preparado para a festa Carlinhos Palhano, Nayra Costa, Daniel Groove, Iracema Bode Beat e Grupo Borogodó, antes da atração principal, Dudu Nobre.
A Praia Limpa Otimista é uma realização do Instituto Dr. Albino Nogueira, com promoção do Grupo Otimista. Prefeitura de Fortaleza, Câmara Municipal de Fortaleza, Sesi, Senai, Fiec, Sebrae, Qair, Ecofor, Grupo Marquise e BCP patrocinam a ação. Sistema Fecomércio, com Sesi e Senai, e Ayo apoiam a iniciativa.
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