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O vazio do ícone de Copacabana

Espera-se que, passada a crise mais aguda desse vírus maléfico, o hotel reabra com toda a pompa e circunstância que o caracteriza

Ícone da indústria hoteleira nacional e símbolo de uma era de glamour, o quase centenário Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, está de portas fechadas. Mais uma vítima do coronavírus. Inaugurado em 1923, o Copa já recebeu grandes empresários, estadistas e celebridades.

O hotel nasceu da necessidade do Rio de Janeiro de ter um estabelecimento digno dos convidados do então presidente Epitácio Pessoa, que viriam prestigiar uma grande exposição em comemoração pelo centenário da independência do Brasil. Coube ao empresário Octávio Guinle a execução da bela obra, projetada pelo arquiteto francês Joseph Gire.

Apesar de belo e imponente, o Copacabana Palace esteve ameaçado, em meados dos anos 1980. Sem poder concorrer com grandes e modernos hotéis que se espalharam pelo Rio, o Copa só foi salvo da demolição porque foi tombado. O grupo Orient Express – hoje Belmond – dono de uma cadeia de hotéis de luxo, comprou o estabelecimento e reformou-o.

O Copa, assim, manteve-se. Espera-se que, passada a crise mais aguda desse vírus maléfico, o hotel reabra com toda a pompa e circunstância que o caracteriza. Até lá, os 11 mil metros quadrados do ícone de Copacabana estarão restritos a Andrea Natal, diretora geral do Grupo Belmond do Brasil, e ao cantor Jorge Benjor, que moram lá.

Hoteleiros solidários
No setor produtivo, uma certeza: o turismo será um dos últimos a voltar à normalidade. A ordem, no momento, é procurar tentar minimizar as perdas. A crise, no entanto, não arrefece o espírito solidário dos hoteleiros. O vice-presidente da ABIH-CE, Darlan Leite, mandou confeccionar 30 mil máscaras para distribuir em Beberibe, onde tem dois hotéis, usando pedaços de lençóis e fronhas com algum rasgo ou pequenas manchas. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, gostou da iniciativa e vai levar a ideia a hoteleiros de todo o Brasil.

Consignados
A Câmara Federal analisa proposta (PL 1500/20) do líder da Oposição, deputado André Figueiredo (CE), que suspende por quatro meses os descontos no contracheque referentes a empréstimos consignados. O projeto é uma resposta ao estado de calamidade pública decretado no País em decorrência da pandemia de Covid-19. Ainda pelo texto, as parcelas suspensas serão acrescidas ao final dos contratos, com o mesmo valor, sem qualquer taxa ou cobrança de juros. Segundo Figueiredo,“o valor que deixará de ser descontado do salário do trabalhador ou do aposentado reforçará o orçamento doméstico para o enfrentamento das dificuldades econômicas que acompanham a calamidade pública”.

Academias virtuais
A prática de exercícios é recomendação recorrente dos médicos para que as pessoas mantenham a imunidade alta, o que deve ajudar bastante no caso de contaminação pelo novo coronavírus. O que não falta é profissional de educação física oferecendo seus serviços virtualmente. Um meio de mantê-los trabalhando e de prover sua própria saúde.

Gratificação
Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem da Câmara Federal, o deputado Célio Studart (PV) sugere que o Ministério da Saúde conceda uma gratificação especial aos profissionais da saúde pública em virtude da covid-19. Seria “um incentivo em agradecimento pela assiduidade e dedicação destes profissionais”.

Deu resultado
A conhecida capacidade de articulação do ex-vice-governador Domingos Filho (na foto com a esposa, deputada Patrícia Aguiar) fez com que o PSD chegasse ao fim da janela partidária com o dobro o número de prefeitos e com pré-candidatos nos principais municípios do Ceará. O partido passou de 18 eleitos em 2016 para 36 prefeitos filiados em 2020. O passo seguinte são as articulações para as coligações majoritárias. Isso, claro, vai depender dos desdobramentos da pandemia da covid-19 no Ceará.

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