Jornal Impresso

A proximidade da eleição municipal explica o festival de postagens nas redes sociais, sobretudo nos grupos de WhatsApp, para desconstruir as ações da Prefeitura de Fortaleza no combate à Covid-19. As críticas são do jogo democrático. O problema é a visível manipulação de números e informações insinuando má fé na aplicação dos recursos públicos – a mais recorrente diz que a PMF está gastando mais de R$ 90 milhões na construção do hospital de campanha no PV. Para garantir a correção nos gastos existe o Comitê de Controle, Transparência e Governança, montado pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT). “Não só para dar transparência, mas também para orientar os gestores”, diz.

Gato e rato
É a mais do que evidente a falta de sintonia entre Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta. E, se o presidente faz questão de desfazer, na prática do dia a dia, das orientações do seu ministro da Saúde, este definitivamente desistiu de disfarçar o incômodo. A entrevista ao Fantástico no último domingo, com direito a críticas veladas ao comportamento do chefe e elogio à emissora abominada por ele, foi a pá de cal na relação entre os dois. Mandetta sabe que tem a cabeça a prêmio mas não pede demissão, pois sabe que será acusado de abandonar o barco em meio à tempestade. Por seu lado, Bolsonaro só não o demitiu até agora para não arcar com o desgaste que tal decisão possa acarretar. Resta ver até onde até onde a corda aguenta nesse cabo de guerra.

Quer espaço
Benigno Junior chegou ao Progressistas com status de líder de bancada. Além dele, o PP tem na Câmara de Fortaleza os vereadores Bá e Emanuel Acrízio. A legenda presidida no Ceará pelo deputado federal AJ Albuquerque vai apoiar o candidato que o prefeito Roberto Claudio indicar à sua sucessão, mas quer espaço na chapa majoritária: “A nível nacional (o PP) é o 4º maior (partido) e tem um bom tempo de televisão”, argumenta Benigno.

Saiu de cena
Morreu Moraes Moreira. Aos 72 anos, novo para o padrão moderno. Saiu de fininho, sem fazer alarde, enquanto dormia em seu apartamento no Rio de Janeiro. Moraes Moreira foi um ícone da música baiana pré-axé music, com sucesso estrondoso em todo o Brasil. É parte da memória afetiva de milhares de fortalezenses que lotavam o Ginásio Paulo Sarasate para vê-lo cantar e tocar, na primeira metade dos anos 1980. Marcou época.