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Fidelidade a toda prova

O futebol profissional, assim como toda a área de entretenimento, é um dos setores mais prejudicados pela pandemia do coronavírus. Os clubes pequenos, a grande maioria no Brasil, simplesmente desfizeram seus elencos, sem perspectiva de retorno. Já os maiores, que vão participar das principais competições, estão se virando como podem. Sorte que a crise veio quando Ceará e Fortaleza vivem um momento de excelência de gestão, que os colocam em situação favorável para mitigar os efeitos da paralisação forçada. O primeiro passo foi entrar em acordo com os jogadores, que toparam abrir mão de 25% dos seus salários. Mas, a grande força vem mesmo dos torcedores. Robinson de Castro e Marcelo Paz, presidentes dos clubes, são unânimes em exaltar o apoio de alvinegros e tricolores. Segundo eles o número de sócios-torcedores se mantém, mesmo sem jogos. E olha que o ingresso é o principal benefício do programa. E ajudam também participando das promoções. Só no último domingo, a torcida do Fortaleza consumiu R$ 500 mil em produtos vendidos durante durante uma live nas redes sociais. A paixão é, sem dúvida, o grande combustível. Afinal, quem ama, cuida. Mas, não há como negar que esse engajamento tem a ver com a credibilidade dos atuais gestores, cuja competência tem se traduzido em bons resultados dentro de campo. Não à toa, Ceará e Fortaleza estão na série A do Campeonato Brasileiro.

Sem sentido
Se a intenção era pressionar o Supremo, não funcionou. A intempestiva marcha do presidente Bolsonaro rumo ao STF com empresários a tiracolo careceu de sentido prático. O presidente reforçou relato do empresário Marco Pollo Mello Lopes (Aço Brasil), que a economia está na UTI e não aguenta mais 15 dias de paralização. Mas, o que ele sugere? Liberar no pior momento da pandemia, em que as mortes se multiplicam e o sistema de saúde está entrando em colapso? O ministro Dias Toffoli sugeriu o óbvio, que o presidente se reunisse com os governadores e prefeitos em um gabinete de crise e discutisse uma saída. Em outras palavras, que ele exerça seu papel de líder da nação.

Lives produtivas
A Assembleia Legislativa do Ceará alcançou a marca de dez sessões remotas nesta semana. Desde o início do isolamento social imposto pela crise do novo coronavírus, o Parlamento se voltou a debates focados na pandemia e já aprovou cerca de 40 projetos. Chama a atenção que o presidente da Casa, deputado José Sarto (PDT), não se esquivou de pautas polêmicas e incluiu na rotina de votações temas de grande divergência. A postura foi decisiva para aprovação de matérias de grande apelo popular, como redução de mensalidades na rede privada de ensino, proibição de aumento abusivo de produtos e serviços, e aplicação e multa a quem difunde fake news.

Previna-se
Com a rede pública e particular de saúde praticamente no limite em Fortaleza, recomenda-se cuidado redobrado não só para evitar o coronavírus, mas qualquer doença. A dica é alimentar-se e dormir bem, fazer exercícios – mesmo dentro de casa -, e moderar o consumo de bebidas alcoólicas.

Cufa on-line
Liderança maior da Central Única das Favelas (Cufa) no Brasil, o cearense Preto Zezé tem aproveitado a onda das lives para traduzir “o economês pra o favelês”, e assim revelar de maneira fácil como e onde o povão pode arrumar a grana para bancar a conta do enfrentamento à pandemia de covid-19.

Medida acertada
Preocupado com os profissionais liberais autônomos que estão sem poder trabalhar, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apresentou projeto de lei 2.424/2020, que estabelece linhas de crédito especial para determinadas categorias. Se aprovado, beneficiará profissionais da saúde, contabilistas, biólogos, economistas, fotógrafos, jornalistas, publicitários, químicos e sociólogos. Além do projeto de lei, Girão encaminhou ao ministro Paulo Guedes pedido de abertura para uma linha de crédito para essas categorias.

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