Previsão da Cogerh deverá ser consolidada ao fim da quadra chuvosa, mas gestor do órgão aponta otimismo com base no atual volume no Ceará
Erika Chagas
erikachagas@ootimista.com.br
Com melhor aporte hídrico registrado nos açudes do Ceará, ainda que a quadra chuvosa não seja intensa durante este ano, a expectativa é de que o volume dos açudes supra as necessidades da população cearense durante todo o ano.
Diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Bruno Rebouças afirma que o cenário só pode ser confirmado a partir de análise realizada ao final da quadra chuvosa, mas que a espera é positiva. “Só podemos afirmar com certeza a partir de junho, mas, de antemão, estamos com volume melhor este ano. Então, na pior das hipóteses, vamos conseguir operar mantendo algumas restrições”, pondera.
Apesar de ser fundamental para o Estado que ocorra um bom volume de chuva para recarregar os reservatórios, o gestor explica que, por outro lado, o abastecimento humano está garantido, pois são buscadas sempre alternativas para realizar e garantir o abastecimento da população. “[…] buscamos sempre alternativas […] como adutoras, poços e as mais diversas alternativas para cada município não passar por desabastecimento.”
De acordo com informações diárias do Portal Hidrológico da Cogerh, dos 155 reservatórios monitorados, apenas um açude encontra-se com o volume acima de 90%, o Caldeirões, em Salgueiros. O Castanhão está com 10,87%; Orós, 20,43%; e Banabuiú, 11,87%. Ao todo, até o fechamento deste conteúdo, 65 reservatórios apresentavam volume inferior a 30%.
Melhor volume em 7 anos
No último dia 8, o Governo do Estado, por meio da Cogerh, informou que o ano se iniciou com melhor volume nos açudes dos últimos sete anos. Segundo a pasta, o ano de 2020 encerrou-se com 25,8% de volume médio nos 155 reservatórios monitorados.
Para Rebouças, apesar do volume registrado no Castanhão ser considerado baixo, o cenário está mais favorável do que no mesmo período do ano passado. “Todos esses reservatórios receberam alguma água. Mas, durante o segundo semestre, essa água vai sendo consumida, mesmo que em uma cadência menor, porque a gente mantém as restrições de uso. Então, é fundamental uma boa quadra de chuva este ano”, explica Rebouças.
O gestor pontua ainda que, apesar das precipitações que estão ocorrendo durante a pré-estação, período que antecede a quadra chuvosa iniciada em fevereiro, ainda não houve diferença no volume dos açudes monitorados e que o que faz as águas chegarem até os açudes são chuvas com bons volumes e nos locais certos. “Além disso, é fundamental que essas chuvas sejam persistentes. As chuvas que estão ocorrendo ainda estão muito espaçadas. Elas não proporcionaram nenhuma recarga nos açudes.”
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