Jornal Impresso

Devagar com o andor

A expectativa é que tenhamos, de fato, ultrapassado o pior momento. Chegamos ao limite, mas, felizmente, não houve o temível colapso

Praça do Ferreira, Centro de Fortaleza. Foto: Edimar Soares

É alvissareiro saber que, aos poucos, vamos sair do isolamento. Nada mais deprimente do que ficar preso, mesmo que dentro da própria casa. Mas, antes isso do que uma proliferação descontrolada de um vírus desconhecido, capaz de contaminar em massa e derrubar todo o sistema de saúde que já era sabidamente insuficiente para atender a demanda. Por sorte temos por aqui governantes que escolheram trabalhar sob a luz da ciência, sem que, por outro lado, abandonasse o diálogo com o setor produtivo, compreendendo suas angústias e procurando minimizar, na medida do possível, as perdas econômicas de patrões e empregados.
A expectativa é que tenhamos, de fato, ultrapassado o pior momento. Chegamos ao limite do que poderia suportar o sistema de saúde – público e privado – mas, felizmente, não houve o temível colapso. A partir de segunda-feira iniciaremos a volta gradual às atividades econômicas. É um momento de euforia, mas de muita cautela. Governo e empresas já sabem o que e como fazer, com protocolos que devem ser seguidos à risca. Paralelamente, todos nós devemos dar nossa parcela de colaboração, enquanto cidadãos. Mantendo os cuidados com a higiene e evitando aglomerações. Não podemos baixar a guarda. Esse vírus é tinhoso e continua à espreita.

Liderança
As lideranças do setor econômico estão cientes da responsabilidade de tornar segura a volta dos trabalhadores ao serviço. Coube à Fiec coordenar todo o planejamento, em parceria com os sindicatos filiados. “Entendemos a importância de garantir empregos, gerar renda e distribuir riquezas. Mas também sabemos que somente conseguiremos seguir com esse compromisso se mantivermos os nossos trabalhadores aptos ao serviço e suas atividades, respeitando todos os protocolos sanitários”, assegura o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante.

Acertou em cheio
Há um mês, mais precisamente no dia 30 de abril, o doutor em Ciências e ex secretário de Ciência e Tecnologia da era Tasso Jereissati, Antonio Vasques, em parceria com o doutor em Estatística Nonato de Castro, prognosticou que o pico da pandemia do novo coronavírus em Fortaleza aconteceria entre os dias 17 e 22 de maio. O que de fato ocorreu, mais precisamente no dia 22, que registrou 3.192 casos de infecção. Outra previsão que se mostrou correta foi a de que o cruzamento da curva de infectados com a de recuperados aconteceria entre 29 de maio e 4 de junho, o que permitiria o fim do lockdown e a retomada gradual das atividades econômicas. Na mosca!

On line
Pela primeira vez na sua história o INESP, órgão da Assembleia Legislativa, vai realizar o lançamento virtual de um livro por meio de live e do cartão livro digital. A obra é Literatura do Ceará, da escritora e professora Aíla Sampaio. A live acontecerá na plataforma Google Meets, na próxima sexta-feira (5), e com mediação da jornalista Luzia Batista.

Grandes eventos
A Expocrato é mais uma vítima da covid-19. A tradicional feira não vai acontecer em julho. Os organizadores cogitam dezembro, mas vai depender do calendário eleitoral. Quanto ao Fortal, que tradicionalmente fecha as férias de julho, na Capital, o governador Camilo Santana já avisou, via Twitter, que não poderá ser realizado nesta época.

Hospital veterinário
O deputado estadual Acrísio Sena (PT) celebra a reabertura, nesta segunda-feira, do Hospital Veterinário Dr. Sylvio Barbosa Cardoso (HVSBC) da Universidade Estadual do Ceará (Uece), fechado desde o dia 1, em função da sobrecarga provocada pela covid-19. No dia 19 de maio, o deputado solicitou ao secretário de Saúde do Estado, Dr. Cabeto, reposição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), de modo a permitir a reabertura com segurança.

Deixe uma resposta

Compartilhe

VEJA OUTRAS NOTÍCIAS