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CEO do Fortaleza diz que clube só volta a campo com jogadores curados e agressores punidos

Vídeos postados nas redes sociais pelos jogadores do Fortaleza instantes após o incidente mostram estilhaços de vidros, pedras e vestígios de explosivos no interior do ônibus.
Aflaudísio Dantas
aflaudisio@ootimista.com.br

Foto: Mateus Lotif/FortalezaEC

Um dia após o episódio de agressão sofrido depois da partida contra o Sport, por membros de organizadas do time pernambucano, a ordem no Fortaleza é só voltar a campo quando todos os atletas do Leão estiverem curados e os agressores punidos. Ao todo, seis atletas tricolores ficaram feridos no ataque ao ônibus do clube com pedras e bomba caseira, em Recife.

“Importante falar que o João Ricardo está com seis pontos na cabeça, o Escobar está com 13 pontos, com trauma crânio-encefálico, Tinga está com um vidro na panturrilha, o Dudu está com estilhaço no corpo, e o Fortaleza não tem condição de jogar! É injusto o que aconteceu e acho que só deve voltar a jogar quando punir todos os infratores, tem de ter uma reação de verdade. Vai esperar morrer algum? “, revolta-se o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz.

O clube entrará com uma solicitação formal junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para voltar a campo somente após a recuperação de seus atletas. O ataque ao ônibus do Leão ocorreu após o confronto válido pela Copa do Nordeste. Circulam vídeos nas redes sociais que mostram membros de torcidas organizadas se preparando para o ataque, numa espécie de tocaia. A delegação tricolor desembarcou em Fortaleza nesta quinta-feira (22).

Vídeos postados nas redes sociais pelos jogadores do Fortaleza instantes após o incidente mostram estilhaços de vidros, pedras e vestígios de explosivos no interior do ônibus. Ao mesmo tempo, vários jogadores aparecem feridos, a maioria com sangramentos, como Escobar e Yago Pikachu.

Marcelo Paz ainda defende que haja endurecimento nos procedimentos de segurança pública no que diz respeito aos estádios. Uma das medidas defendidas pelo dirigente é a implementação do reconhecimento facial nos estádios de futebol. Já existe um dispositivo dentro da Lei Geral do Esporte (lei 14.597/2023) que regula a medida, resta a implementação. Há, no entanto, receio por parte de especialistas, de que essa medida viole os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Interdição
O presidente do Fortaleza, Alex Santiago, afirmou, através das redes sociais, que o clube entrará com representação junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo interdição da Arena Pernambuco.

Por meio de seus perfis nas redes sociais, o Sport condenou o ataque sofrido pelo Fortaleza. O clube pernambucano também disse que disponibilizou o seu departamento médico para dar assistência aos jogadores tricolores. “Os absurdos atos de violência não condizem com a real conduta e comportamento da torcida rubro-negra, tampouco com os valores do Clube – que sempre irá abominar esse tipo de postura”, diz o comunicado.

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