Opinião

145 hectares de pura beleza, natureza e arte contemporânea! Me apaixonei por esse lugar paradisíaco. Tudo lá é lindo, arrumado e ao mesmo tempo irreverente. Há pouco mais de uma hora de Belo Horizonte, você pode ir visitar o maior museu a céu aberto do mundo, e o mais lindo e descontraído também. Um dia inteiro é pouco para conseguir ver tudo… então chegue cedo e seja o último a sair, cada minuto é precioso. Quem nunca foi, vá. É único, agradável e maravilhoso!

Nada lá faz muito sentido, ri muito das pessoas saindo das instalações dizendo: “Isso lá é arte”, “Até meu filho faz uma besteira dessas”… só isso já comprovava a qualidade do museu! Magic Square de Hélio Oiticica.

Arquitetura inovadora e design em tudo! Se uma casa “normal” tem telha em cima, lá você vai ver um lago com bolas de aço! Propaganda de Lucia Koch, obra irreverente sobre a situação das falsas promessas de casas após o acidente de Brumadinho.

Orquídeas vandaceas de 70 espécies diferentes exibiam suas cores e raízes asiáticas deixando todos encantados. O jardim botânico tem 4.300 tipos de plantas diferentes!

Tudo lá é grande, o jardim, as árvores e principalmente a imaginação de quem criou essas obras de arte. Beam Drop de Chris Burden.

Os bancos dão um show à parte. São 98 do designer Hugo França, todos de trocos escavados de pequi-vinagreiro. Cada um mais bacana que outro!

Minha favorita! Já ouvi muitas orquestras, mas nunca pude encostar meu ouvido ao lado da boca de uma soprano, depois correr para o barítono e por aí vai! Parecia um menino nesse lugar! Forty Part Motet, obra sonora de Janet Cardiff.

Os lagos não são verdes por acaso. A água da região costuma ser bem barrenta, mas como tudo lá é especial eles pesquisaram uma alga para deixar a água dessa cor e com esse reflexo! Na visita é obrigatório o pão de queijo com chocolate quente! Um brinde à vida e à riqueza que é Inhotim. Saúde, muuuita saúde!