Opinião

Prato feito – Totonho Laprovitera

Típico da culinária popular brasileira, o PF (prato feito) consiste em: arroz; feijão; bife, carne moída, frango, linguiça ou peixe; salada; e batatas fritas. Às vezes, com direito a um ovo estrelado.

Custando na faixa de 7 à 10 reais, o PF é perfeito para quem procura um prato comercial barato e bem servido. Apreciado em restaurantes de padrão mediano e baixo, afora bares e botecos, o consumo médio ideal de calorias para um PF adulto varia de 600 a 700 calorias por almoço.

No restaurante “O Garfo”, ali na Rua Major Facundo, no Centro de Fortaleza, serve-se um concorrido PF apelidado carinhosamente de “Emília”, devido à cortesia da casa de um fumegante e loiro macarrão esparramado por cima do prato, que é mesmo que tá vendo a cabeleira da tagarela boneca-gente de pano, do Sítio do Picapau Amarelo, da obra infantil de Monteiro Lobato.

Sobre gente boa de garfo, almoçando em um restaurante da Maraponga, próximo à sua autoescola, Bosco reclamou ao garçom: – “Ei, gente-boa, já viu o tamanho do bife que você me trouxe?”

Aí, o garçom riu e contestou: – “Né grande, não, mas o senhor vai ver só o tempo que vai levar pra comer ele…”

Recentemente, Bosco adotou a alimentação vegana e não come mais nada de origem animal, quer seja carne, peixe, lacticínios, ovos, mel e outros ingredientes.

Ah, agora lembrei foi de uma vez em que eu viajava pelo interior do estado, acompanhando um amigo político. Lá pelas tantas, ele perguntou se eu conhecia algum bom restaurante nas redondezas. Eu falei que sim e fui logo apontando qual. Paramos, esperamos a poeira passar e descemos. Sentamos à mesa, e o garçom foi logo nos passando o suado cardápio.

Pedimos uma cerveja e ela veio estupidamente gelada. Véu de noiva! Brindamos e começamos a beber. Porém, as moscas começaram a nos azucrinar, ao ponto de termos que proteger os copos com as mãos, entre um gole e outro. Aí, mostrando-se bastante irritado, o deputado reclamou sobre como eu indicava um bom restaurante naquelas condições.

Chamei o garçom, pedi para chamar o dono e ele disse que era o próprio. Foi quando falei: – “Rapaz, o que é que esta acontecendo hoje aqui pra ter tanta mosca?”

E ele: – “Vai ver que é porque hoje nós lavemo os banheiro…”

Pedimos a conta, pagamos e seguimos viagem.

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