Fiquei muito feliz com a notícia da recuperação do primeiro arranha-céu de Fortaleza. O Excelsior, edifício histórico inaugurado em 1931, está disponibilizando todo o seu primeiro andar para locação comercial. É previsto também, posteriormente, o projeto de um residencial.
Como historiador e ex-vereador de Fortaleza, me encanta a questão da retomada da dinâmica social da parte central da capital. Na presidência da Câmara, tive oportunidade de debater o tema com representantes da sociedade civil por meio do Fórum Viva Centro.
O Centro precisa de uma conjunção entre comércio, moradia e cultura. É inegável a sua força comercial, um verdadeiro shopping a céu aberto, além de contar com 90% dos equipamentos culturais da cidade. Porém, faltam políticas públicas incentivo à moradia. Na prática, como as lojas funcionam até às 19h, após este horário, a região vira um verdadeiro cemitério.
Essa realidade contrasta com a lógica das grandes cidades do mundo, como Paris, Madri, Londres e Buenos Aires. Na região central dessas metrópoles encontra-se uma grande variedade de serviços, como restaurantes, mercados e lojas. Boa parte delas funciona 24 horas. Isso favorece a moradia e o turismo, deixando tudo disponível a qualquer hora. Traz também contratempos como o barulho do tráfego e a poluição causada pelo adensamento.
Em Fortaleza, o Centro precisa de uma atenção especial. Recuperar fachadas e tombar equipamentos. Importantes iniciativas aconteceram. Na gestão Luizianne Lins foram restaurados o Paço Municipal e o Passeio Público. O governo do Ceará revitalizou o Cine São Luiz. A Fiec e o Sesi inauguraram o Museu da Indústria.
É um bairro que merece uma ação articulada entre lojistas e poder público para resolver problemas antigos, como a dificuldade de estacionamento e a necessidade de organização do comércio informal. E encontrar a melhor solução para acomodar a população em situação de rua que hoje ocupa a Praça do Ferreira.
Existe também um potencial imenso a ser explorado. Há imóveis vazios ou subutilizados que podem ser repensados para múltiplas funções. Espaços que podem virar polos de gastronomia e corredores culturais. A história requer sua manutenção e a vida precisa voltar a pulsar no nosso Centro!
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