Em viagem, convidado por um conterrâneo para ir ao Restaurante Pérgula, à beira da piscina
do Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, para tomar um drinque, não contei pipocas,
meti o pé na carreira e fui bater lá.
Ao chegar, logo o achei, todo faceiro, trajando branco, bem abancado à mesa, com um
charutão entre os dedos, que mais parecia um vinte dum cabo de vassoura, óculos escuros à
moda para-brisa na testa e, na mão, bulindo uma taça de vinho do tamanho dum bonde!
– Laprovitera! – exclamou o nobre anfitrião.
– Boa tarde – respondi.
– Sente-se, por gentileza.
– Pois, não – e me acomodei à cadeira.
– Amigo, eu me sinto bem, aqui na Guanabara, digo, Rio de Janeiro.
– Você já morou aqui, pelo que sei, não foi?
– Foi, sim. Tempo bom, eu menino, sem a menor preocupação, jogando bola pelas praias… Ah, era uma vida boa…
E assim por diante, pusemo-nos a conversar.
Aí, o garçom entregou o cardápio ao conterrâneo que, de pronto, tirou o pincinê do bolso e
pôs-se a analisar o menu. Folheou, folheou…
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