Opinião

Meninos traquinos – Totonho Laprovitera

Menino traquino é aquele que faz danações, capaz de armar estripulias, cheio de artimanhas. Sobre alguns deles, eis três histórias na Fortaleza dos anos 1970.

A primeira.

O Bambuzal foi um dos primeiros Edens da Aldeota. À sombra do luar, as domésticas viravam oxigenadas Evas e, entre silvos da brisa e coiós dos Adãos fortalezenses, desfilavam seus prazerosos e exuberantes dotes.

O movimento iniciou na Santos Dumont, esquina com Joaquim Nabuco – onde existia um bambuzal. Depois passou para uma quadra adiante, com a Tibúrcio Cavalcante e por fim, na Barão de Studart com Costa Barros.

Com charme e o dom da palavra, aos 15 anos de idade, o sedutor Dedé era o queridinho de todas as cabritinhas do Bambuzal! Quando ele chegava com o Aero Willys 2600 do seu pai, quebrando asa e fonfonando, todas berravam: – “Dedéééééééé!”

A segunda.

Mal acabara de se tornar adulto, por seu comportamento, Martônio já se achava na lista negra de seus familiares. A mãe não aguentando mais conviver com seus tantos desatinos, resolveu estabelecer um diálogo para o restabelecimento familiar:

A terceira.

Conta o Ivaldo que na sua adolescência a brincadeira das longas e produtivas tardes era a de realizar concursos. Uma vez, fizeram um para eleger o mais ignorante da turma. Disputavam: Mocidade, Cabeludo e Oide- Jipe. Para os três, a pergunta era “qual o nome do cabeludo e barbudo traidor de Jesus Cristo?”

As respostas:

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