Opinião

Marco Ribeiro fez a acertada decisão de tornar-se artista plástico no ano de 2015. Seu trabalho nestes últimos 7 anos ficou marcado pelo monocromo e a geometria. Incansavelmente ele repetiu o uso de nanquim preto de diferentes qualidades e diferentes aguadas sobre diversos tipos de papel, às vezes acompanhado por aplicações de folha de ouro e suas linhas ou pontos de fuga, que para mim sempre foram a forma que o artista inventou de quantificar a passagem do tempo. Ele explorou a geometria na escultura através dos meios da madeira e do concreto. Sobre folhas de dicionário já deu forma a verbetes de dicionário. 

Desde sua residência e prática na cidade de Veneza em 2018 a pureza esmerada das formas de suas obras foram contaminadas com a cor e a textura da pátina que o tempo exerce sobre as superfícies arquitetônicas da Renascença e do Barroco. Marco sempre andava com um carimbo com a palavra “tempo” no bolso, e na rua, quando afetado por uma visão, carimbava uma parede, um cartaz, um cardápio e guardava o registro em fotografia. Em sua série “Ádito”, percebe-se que Marco Ribeiro continua desenvolvendo seu pensamento sobre o espaço e o tempo, e também que ele se rendeu de vez ao uso da cor na pintura. De acordo com o texto crítico de Sérgio Gurgel, a nova produção é uma forma de resgatar memórias e instantes através das superfícies das paredes. Ao vivo e em mais profundidade você pode conferir na Galeria Leonardo Leal até o dia 30 de agosto.

Serviço:
Galeria Leonardo Leal
Visc. de Mauá, 1515 – Aldeota

Hildebrando de Castro

A Galeria Casa D’Alva abre nesta sexta feira, dia 12 de agosto, a exposição do artista Pernambucano radicado em São Paulo Hildebrando de Castro. As obras são pinturas oriundas da sua observação e pesquisa fotográfica. Produzidas entre 2018 e 2019, as pinturas pertencem a sua mais recente fase que tem a arquitetura como base para observações sobre luz, sombra, espaço, linha, cor e movimento. Mais uma iniciativa do artista/galerista/curador José Guedes. 

Serviço:
Galeria Casa D’Alva
Rua João Brígido, 948 – Joaquim Távora