Opinião

Inteligência e mediocridade

“Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder.” (Lao-Tsé)

Cá pra nós, quase todo santo dia eu peço à Deus para envelhecer com dignidade. Para isso, eu penso que devemos tratar a vida bem, pois assim ela também nos tratará. Reflito ainda sobre isolamento social e observo que em sua solidão o artista conversa com Deus.

Pois é, o negócio é sabermos enxergar a vida de uma maneira simples, o que certamente é muito difícil aos tolos viventes. Verdadeiramente, o que nos vale a pena é vivermos a vida e não, passarmos por ela.

Aí, com meus botões fico matutando, enquanto na velha rede de algodão cru eu me balanço com o pé na marcada parede, e chego à seguinte conclusão: Só os outros morrem!

Infelizmente, tenho observado absurdos que transformam a inteligência em condição de desvantagem perante a vida. Em todas as áreas achamos castelos construídos por panelinhas de oportunistas de carreira, destemidas aos coro dos lúcidos. Atualmente, um grande pecado é fazer sombra a alguém até numa simples conversa social.

O afronto que mais me tem chamado atenção nos últimos tempos, é o da inteligência contra a mediocridade. Agora, infelizmente, os inteligentes estão perdendo para os medíocres.

O negócio é o seguinte. Os inteligentes são desprendidos, acham que resolvem suas dificuldades na hora que bem entendem e pronto. Os medíocres são muitos e exibem a serventia de serem corporativistas. Não é à toa que muitos deles ocupam lugares de elevada evidência. Os inteligentes trabalham com resultados. Os medíocres com rigorosos horários. Os inteligentes se entregam a simplicidade de compartilhar seus conhecimentos. Os medíocres tomam o conhecimento dos inteligentes e estabelecem condições para dominá-los.

Bem, concluindo, vamos defender a união dos inteligentes, onde eles estabeleçam uma cultura que incorpore a capacidade de interatuar de forma ativa com pessoas de históricos diferentes, no princípio de diálogo igualitário da inteligência cultural. Isso para contrariar o que sabiamente dizia Nelson Rodrigues: “Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra”.

O problema é que os inteligentes têm a mania de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!

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