Opinião

Homenagem em Orós – Totonho Laprovitera

“Não faço conta de tesouros que as traças e a ferrugem roam.” (Francisco Paraplégico)

Define-se homenagem como retribuição de honra, agradecimento, tornando público com um ato de gratidão a algum benefício que foi prestado por alguém. Quer dizer, um agradecimento por merecimento à uma presteza reconhecida como de grande valor.

Agora, lembrando de uma das mais interessantes homenagens que já presenciei, eu ri sozinho. Foi quando um certo presepeiro discursou em tributo a uma personalidade local: – “Saiba, preclaro amigo, eu gosto e lhe admiro tanto, chega aonde quer que eu vá, eu sempre lhe defendo!”

Também lembrei do acontecido lá pelos meados da década de 1990, quando o prefeito de Orós era o meu amigo Eliseu Batista Filho.

Pois bem. Eliseu havia me contratado para realizar alguns projetos de arquitetura e urbanismo no município e, por conta disso e de uma corda muito bem dada, vejam só, ele convenceu ao colunista social da cidade, advogado Rogger Dantas, a me conceder o título de “Destaque do Ano do Município de Orós”!

A festa de entrega da distinção era na noite de um sábado, no qual eu parti bem cedo de Fortaleza para seguir viagem em companhia do meu cunhado Sávio e da doutora Eusuérdia, promotora de Justiça no município oroense.

Entretanto, atrasei-me um pouco e, não sei por qual razão, resolvi passar pelo restaurante do Ozias. Aí, foi quando cometi a besteira de pedir pro Marquinhos, filho do proprietário da casa, colocar água no radiador da minha disposta e aguerrida Marajó. Ora, não deu outra, o Marquinhos se esqueceu de fechar a tampa do radiador da camioneta e em Russas a coitada ferveu!

Resumindo, foi uma sequência de pregos e consertos pela estrada, até conseguirmos solucionar o problema em Jaguaribe, numa simpática oficina que vendia cerveja e tira-gosto de pastel de vento.

Chegando em Orós, em cima da hora da festa, só deu tempo d’eu tomar um banho, me arrumar e meter o pé na carreira até o Clube do Rio Seco para ser homenageado, num grupo de 50 personalidades!

Lá pelas tantas, cochichei para o prefeito Eliseu: – Amigo, seu eu não tivesse vindo, ninguém daria conta da falta da minha presença.

Deixe uma resposta

Compartilhe

VEJA OUTRAS NOTÍCIAS