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O segundo semestre do ano começa com pelo menos duas boas notícias – ambas relacionadas à economia: o Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil fechou o primeiro trimestre com alta de 1,8%, em comparação ao mesmo período de 2021. No caso do Ceará, o índice foi ainda melhor: 1,96%.

No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB nacional cresceu 4,7%. No mesmo intervalo, o desempenho cearense alcançou 6,16%. Os dados mostram, de modo inequívoco, que o Brasil, de forma geral, e o Ceará, especialmente, seguem a tendência de recuperação pré-pandemia, com sinais de crescimento real.

Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – vinculado ao Ministério da Economia –, e Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) – ligado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), do Governo do Estado do Ceará.

Igualmente satisfatória é a projeção do avanço da economia cearense, em 2022, atualizada em 1,57%. Está acima, portanto, da previsão da nacional, cuja taxa é de 1,2%.

O PIB é calculado com base nos resultados da agropecuária, indústria e serviços. Nesse ponto, vale destacar que, dentre os três segmentos, o melhor desempenho ficou com o setor de serviços, com 4,45%. A agropecuária fechou em queda de – 0,95% e a indústria, em – 8,64%.

O forte contraste mostra, por um lado, que o Ceará segue exibindo pujança em uma das três áreas, enquanto vem involuindo nas outras duas. Descontando o fato de os índices, principalmente, na indústria, acompanharem o cenário nacional, é algo que merece mais atenção, quer dos gestores públicos quer dos representantes do agronegócio e industriais cearenses.

Por outro lado, a taxa brasileira de desemprego está em 9,8% – melhor resultado para um trimestre terminado em maio, desde 2015, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso do Estado, conforme O Otimista destacou, na última quarta-feira (27), postos de trabalho deverão ganhar força, no segundo semestre.

O PIB é um indicador global, que mostra tendências. Deve ser lido em interface com outros conjuntos de informação, como a dinâmica do mercado de trabalho. Nesse sentido, mesmo com questões pontuais, pode-se dizer que o ambiente está animador.