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Editorial O Otimista: Feliz Dia de Todas as Mães

Elas estão sempre a nos acolher / Sasin Tipchai/Pixabay

Num dos finais de semana mais família do ano, este domingo do Dia das Mães será, mais uma vez, de casa cheia, mesa farta e muitos parentes reunidos. Mas, como consequência e sinais dos tempos , a tradicional imagem da figura materna vem ganhando novos ares e significados – embora o dom da geração da vida continue sendo o ponto central.

Sonho de quase todos os casais convencionais, o exercício da maternidade é compartilhado, atualmente, com vários outros formatos. Versão mais conhecida, a adoção clássica vem cedendo espaço para outras possibilidades, a exemplo da reprodução assistida. O Brasil conta com legislação e técnicas das mais avançadas do mundo.

O novo cenário mostra como fatores biológicos e visões de mundo ancestrais podem se associar a sentimentos nobres, como o cuidado com outro ser humano e o amor incondicional. Um dos resultados é o surgimento, em famílias multiespécies, de dois tipos de mãe: de filhos humanos e de filhos pets – versão muito além de tutora.

Entre mulheres que optaram por desbravar o mercado de trabalho e construir carreiras, decidir ter filhos depois já é um fenômeno consolidado. A rigor, não chega a ser um caminho de volta. Ela sempre esteve lá, entre as que desejavam trazer à luz do mundo um pedacinho de seu corpo e um pouco de sua alma.

A justaposição entre profissionais e mães tem impulsionado, inclusive, um dos mais impactantes avanços trabalhistas dos últimos tempos: a licença-maternidade. Muito mais do que o reconhecimento do direito em si, trata-se do apoio oficial do Estado e da iniciativa privada à atenção integral da nova mãe a filhas e filhos, nos primeiros meses de vida.

Na política, em que a participação efetiva da mulher ainda é uma meta a ser conquistada, ser mãe é visto como uma barreira a mais. Obviamente, não deveria ser assim, haja vista as relações intrínsecas entre o jogo do poder e as políticas públicas para mães.

Para o comércio, a data é uma das mais comemorativas. É tempo de presentes – dos que se compra e são entregues com beijos e abraços – e os de valor imaterial. Estes últimos, geralmente ofertados por filhos distantes ou órfãos, vêm na forma de boas lembranças, saudades, preces e orações.

Cada um celebra este domingo à sua maneira, até por serem variados os tipos de mãe. Há as de muita fé, que vivem para nos ensinar a ter esperança e existem as sábias, sempre a nos aconselhar. Entre elas, há algo em comum: estão de braços abertos e amigos, prontos para nos acolher. Feliz Dia de todas as Mães.

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