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Editorial O Otimista: É tempo de brincar!

Fortaleza oferece inúmeras opções, com organização e segurança / PMF/Divulgação

Diversão, irreverência, descontração e outros tantos termos assemelhados tentam sintetizar o período de liberdade geral consentida, desde esta sexta-feira (17) até o raiar da Quarta-Feira de Cinzas (22). É Carnaval, a maior festa da humanidade, no país que sabe fazer isso como nenhum outro no planeta Terra.

O Brasil das desigualdades se encontra em ruas, avenidas e praças. Nivelada pela diversidade de cores, músicas e gêneros, gente de toda espécie cai na folia – assim como se reúne em locais privados. A diferença é o de menos. O importante é o que nos iguala, neste 2023 atiçado pela empolgação de encontros e reencontros.

Cada vez mais desafiador em seus sentidos e significados, a estação da chamada pré-Quaresma é, tipicamente, uma celebração à vida. Misto de curtição e oferendas a deuses e deusas terrenas, envolve uma infinidade de coreografias, trajes e desfiles. A ode à fantasia retira a individualidade, permitindo uma espécie de unidade social, com baixo índice de sanidade.

A loucura combinada, coletivamente, tem seu lado racional. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o período movimentará R$ 8,18 bilhões – em especial, por demandas do comércio e serviços.

Boa parte da animação econômica acontece no Ceará, como mostra o aumento no fluxo de turistas e população em geral em aeroportos e rodoviárias que interligam o Estado. Em municípios de serra, sertão e litoral – especialmente, em Fortaleza –, são inúmeras as opções de brincadeira, com muita organização e segurança.

Sobre este último ponto, vale redobrar a atenção para o respeito e o limite. Trate o desconhecido ou desconhecida ao lado como gostaria de ser tratado (a) – com educação e cordialidade. Seja inclusivo (a) e simpático (a), sem nunca perder de vista a risca da importunação sexual e outros tipos de ilegalidade, que nunca, jamais, deve ser ultrapassada. Não é não.

Carnaval é para extravasar, distanciar-se, momentaneamente, das preocupações cotidianas, fazer protestos alegres ou mesmo descansar no feriado esticadão. Não precisa e nem deve ser um problema a mais quando o período cessar e o mundo voltar ao normal.

O período festeiro também é de esperança na vida humana. É, por vezes, a desconexão que nos faz projetar um futuro melhor, para nos permitir seguir acreditando. É o que nos mantém firmes, de cabeça erguida, com braços abertos e samba no pé. Vá lá. Divirta-se. É tempo de brincar!

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