Opinião

Editorial – Carta a Fortaleza

Nos 298 anos de Fortaleza, O Otimista declara o seu amor à Cidade

O Otimista
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Fortaleza, mulher, é fácil te amar. A gente se encanta, logo cedo, à primeira vista, quando te encontra amostrada com teus amanheceres em diversos tons de vermelho na Beira-Mar. Ao fim do dia, lá do alto da Sabiaguaba, quando tu te chegas alaranjada, arranca suspiros e ganha corações.

E, se nos aproximamos, tu abraças. Acolhes nas águas mornas da Praia de Iracema, enquanto arrebentas no Titanzinho e teus ventos fortes agitam a Praia do Futuro. Tua luz contagia, seja no aperreio besta da Aldeota, ou no furdunço bom do Centro, onde, no pingo do meio-dia, o juízo quase ferve e a quentura nos convida para um caldo de cana.

Fortaleza, a gente gosta mesmo é do teu riso solto, como aquele sentado na calçada do Conjunto Ceará, e da tua energia, igual a dos meninos que jogam bola no meio da rua no Pirambu. Mas também é bom te admirar de flozô, enquanto respiras o verde do Cocó, ou te cobres de fé no Bairro de Fátima. Às vezes, mulher, tu te escondes por trás dos muros altos do Meireles, ou te proteges entre as paredes dos shoppings, mas saiba que é bonito te ver à vontade no Benfica ou toda pintada na Varjota.

Tu és sabida. E a gente tem mó orgulho disso: da criançada na escola, dos jovens inventando o futuro e dos teus filhos ganhando o mundo. Tem até quem faça futrica, chamando a gente de bairrista, só porque a gente diz que o melhor é daqui.

A verdade é que a gente sabe, mas não espalha, que tu tens tuas contradições. Mas teu nome também é identidade, Fortaleza. No sentido do dicionário, robustez e vigor. No nosso vocabulário, acolhimento e calor. Tudo isso envolto em esperança e determinação para fazer de ti ainda melhor. É que tu és parte da gente, mulher.

Por isso, hoje te trazemos declarações de amor. Nas próximas páginas do O Otimista, Giovana, Ricardo, Taiene e Danilo contam porque são felizes contigo. Eles citam, entre outras coisas, teu talento, tua beleza, teu sol, teu mar, tua noite e tuas raízes. Como a gente disse, Fortaleza, é fácil te amar. Sejas tu a loura desposada do sol, ou uma menina danada e risonha.

E hoje, no dia dos teus 298 anos, saiba que é bonito te ver crescer. Parabéns, Fortaleza!

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