Delícias juninas!
Os santos Antônio, João e Pedro são os mais populares de Portugal, e suas celebrações viraram parte importante da cultura brasileira, principalmente nordestina. As roupas matutas que usamos aqui são bem típicas de lá.
Adornos de papel como balões e bandeirinhas bem como os fogos e bombas foram trazidos da China pelos irmãos lusitanos.
A colheita do milho tem tudo a ver com as festas juninas, que se tornaram parte do agradecimento pelo período da chuva, essencial para que as espigas venham cheias e abundantes. Eis o motivo de tantas iguarias feitas desse cereal.
Milho na brasa, bolo de milho, broa de milho, canjica, creme de milho, pamonha, cuscuz e Mugunzá. Amo todos!
Mugunzá! O doce tem como base o leite de coco e a canela. No Cariri é comum sua versão salgada, que mais parece uma feijoada ou a cabo-verdiana Cachupa.
Aluá! Essa maravilha anda quase esquecida! Um fermentado raiz que precisa ser estudado! Guimarães Rosa o imortalizou no conto “A estória de Lélio e Lina”
Carimã é bolo feito da mandioca fermentada (massa puba), típico de junho. Também tem sido pouco lembrado, ao contrário do irmão pé de moleque, sempre à venda nas festas, padarias e quermesses!
Cajuína bem gelada! Pode ter bebida mais gostosa que essa? Esse suco clarificado tem espaço no meu coração. Caetano Veloso elevou o néctar a hit de sucesso.
Grude é a melhor combinação do café que conheço! Esse bolo de goma de tapioca, quando bem feito, é tudo de bom na merenda da tarde!
Doce de Jerimum! E não me venham chamar de abóbora nem de moranga pelo amor de São João!
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