Desde 2015, a prática de Cristina Vasconcelos (está escorada numa poética investigativa das migrações humanas, e se dá principalmente através do transporte aéreo, seus episódios, territórios e suas respectivas transferências culturais e universo simbólico. Para a artista, aeronaves são como estruturas vivas, repletas de memória, cujas biografias podem ser contadas e/ou fabuladas, cujas partes são como relíquias, cujas fuselagens são dignas de sudários. Assim ela se debruçou sobre incidentes como o vôo VASP que se chocou com a Serra da Aratanha, no Ceará, na década de 80 e também com a aeronave Landshut, exilada no cemitério de aviões do aeroporto de Fortaleza, posteriormente considerada como artefato histórico e repatriada à Alemanha.
Cristina Vasconcelos constrói um inventário de fragmentos, o que ela chama de ‘arqueologia de superfície’, que compõem uma narrativa meio histórica, meio fictícia que trata de questões como a diluição de fronteiras geo-políticas, relações de poder e fluxos de informação. Dentre os vestígios da qual a artista utiliza ultimamente está o óleo lubrificante queimado, que serve de base para pinturas sobre papel. Assim como sangue, o óleo queimado também oxida e muda de cor com o passar do tempo, de um fluido extremamente escuro ele matura seus tons entre o marrom caramelado e o verde musgo. Nestas pinturas, muitas delas abstratas, a materialidade, os respingos e escorrimentos, assim como o encharcamento que o óleo perfaz na fibra do papel, torna-se material genético, víscera, expressão poética. A investigação que Cristina realiza não é apenas arqueologia, também passa de certa forma pela ciência forense.
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